Para o empresário Flávio Rocha, da Riachuelo, o Brasil precisa de um candidato que alinhe ideias conservadoras para a economia e a sociedade.
O candidato Jair Bolsonaro, no entanto, é popular pelo discurso conservador nos costumes, mas tem ideias econômicas "de esquerda".
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A declaração foi dada antes do início de debate com o também empresário Pedro Passos, da Natura e colunista da Folha de S.Paulo, no evento Lide para o futuro, realizado na capital paulista nesta noite de quarta (31).
As ideias do empresário se disseminaram a partir do lançamento do movimento empresarial Brasil 200, batizado em alusão aos 200 da Independência do país, que será em 2022 (ano em que se encerra o mandato do presidente eleito neste ano).
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Na plateia, 250 convidados, entre empreendedores e executivos de empresas e bancos. Integrantes do MBL também estavam lá com a expectativa de que "algum nome político surgiria durante o evento".
Rocha diz acreditar que o povo brasileiro seja extremamente conservador, em grande maioria contra o desarmamento, a favor da redução da maioridade penal e contra a discussão sobre gênero.
Essa é a pauta do povo brasileiro, "mas falar disso se tornou politicamente incorreto".
"[Jair] Bolsonaro é o único que está nadando de braçada na onda conservadora, mas que é de esquerda na economia porque ele é estatizante antes de mais nada", disse.
Na opinião do empresário, isso é perigoso porque o candidato "tem a fórmula para ganhar a eleição, mas não tão tem a fórmula para conservar a economia".
Rocha diz considerar o candidato à Presidência uma pessoa simpática e ´boníssima´, mas que está sem coerência entre os discursos econômico e social.
"Sem o discurso do Bolsonaro liberal da economia, desestatizante, privativista, reformista, não há esperança de consertar o país."
Ficar apenas no discurso sem andar "de sapatos pelo pantanoso terreno dos costumes" também é a falha do partido Novo, na opinião do empresário.
´A gente precisa de um [ex-presidente americano, Ronald] Reagan ou de uma [ex-primeira ministra do Reino Unido, Margaret] Thatcher, alguém que seja liberal na economia e conservador nos costumes. É isso que o povo tá pedindo muito´, afirmou.
Questionado sobre uma possível candidatura, Rocha afirma não ter perfil, nem haver tempo para uma campanha. Segundo ele, "é preciso gente de peso, de muita representatividade".
´É possível que saia alguém de dentro do movimento [empresarial], concluiu antes de subir ao palco.
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