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Por que é importante fazer psicoterapia?
Entrevistamos a psicóloga Priscilla Raquel
Richardson Leite
Foto: Psicóloga Beatriz Campos - CRP 12/04116

Por anos, a religiosidade e a fé exerceram grande influência no tratamento do sofrimento mental na ideia do bem e do mal baseado na narrativa da punição do pecado. Com o passar do tempo a igreja foi perdendo a influência diante do avanço da ciência.

A partir daí, foi dado início a estudos sobre a mente humana.

O sofrimento mental passou a ser tratado única e exclusivamente em ambientes hospitalares através do modelo manicomial, excluindo as pessoas da sociedade, sem levar em conta o respeito e as diferenças de cada paciente.

A palavra psicoterapia foi utilizada pela primeira vez pelo médico escocês James Braid nascido em 1795 e morto em 1860. Ele foi quem também cunhou o termo Hipnotismo para designar a prática hipnótica.

A psicoterapia aparece como tal no século XIX. Os principais tipos são: psicanálise, cognitivo-comportamental, terapia em grupo, hipnoterapia e terapia familiar e de casal.

A pandemia causada pelo novo coronavírus desencadeou um cenário de incertezas. Isso causou danos à saúde mental em muitas pessoas. O que impulsionou na busca por alívio por meio da psicoterapia.

A psicóloga Priscilla Raquel explicou à equipe de reportagem do Site Miséria, como a terapia ajuda por meio de conversas e abordagens na busca do autoconhecimento e conscientização do seu passado para a possibilidade de que comportamentos sejam reconfigurados.

A psicóloga nos conta que fazer terapia possibilita o autoconhecimento. As pessoas buscam com mais frequência soluções de conflitos para melhorar a saúde mental. Ela proporciona um olhar para si mesmo, a partir de reflexões e pensamentos sobre determinadas atitudes em relação às áreas da vida, como relacionamentos, família e ambiente de trabalho.

Quando devo procurar terapia?

De acordo com Priscilla, o fato de reconhecer que precisa de ajuda é um grande passo. “Nós precisamos fazer terapia, para não precisar fazer terapia. Existem sinais em que é preciso ligar uma espécie de alerta e que surgem com maior frequência: ansiedade, estresse com muita facilidade e frequência, demasiados pensamentos negativos, medos excessivos, tudo isso serve como alerta para que você busque ajuda psicológica”, afirma.

Apesar de alguns avanços, falar sobre saúde mental ainda é um grande tabu. Algumas pessoas têm grandes dificuldades em falar abertamente sobre seus problemas e transtornos, devido a estigmas que foram criados ao longo dos anos.

Por fim, a psicóloga relata que algumas pessoas pensam “se eu buscar ajuda psicológica vão dizer que estou ficando doido […] eu não posso ser fraco”. Já outras, “têm vergonha de assumir que fazem terapia por medo dos preconceitos que existem, cuidar da saúde mental nada mais é que qualidade de vida”.

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