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Quais cuidados devem ser tomados após o diagnóstico de chikungunya?
A equipe de reportagem do Site Miséria conversou com a médica reumatologista, doutora em Ciências da Saúde e professora do curso de Medicina da Universidade Federal do Cariri (UFCA) Patrícia Macêdo
Alan Clyverton
Aedes Aegypti (Reprodução)

As chuvas características do início de ano aliviam o calor do sertão e auxiliam os agricultores em suas plantações, mas também significam alerta para a população. Muitas pessoas não estão atentas às pequenas quantidades de água em recipientes.

Água limpa e parada é o ambiente de reprodução e posterior proliferação do mosquito Aedes Aegypti, vetor do vírus chikungunya.

A infecção por chikungunya costuma lotar hospitais e unidades de saúde durante a quadra chuvosa. A doença é transmitida através da picada de fêmeas do Aedes aegypti ou Aedes albopictus infectados pelo vírus.

Os sintomas da chikungunya são semelhantes aos da dengue.

A médica reumatologista, doutora em Ciências da Saúde e professora do curso de Medicina da Universidade Federal do Cariri (UFCA) Patrícia Macêdo, conversou com a equipe de reportagem do Site Miséria para falar sobre o quadro clínico da chikungunya, recuperação e posterior redução de danos.

Patrícia Macêdo (Foto: Divulgação)

O diagnóstico pode vir através de exames PCR ou de sorologia, quando são detectados os anticorpos. Outras análises podem ser realizadas no sangue e fígado dos pacientes.

Perguntada sobre quais cuidados devem ser tomados pelos diagnosticados com chikungunya, Patrícia reforça a necessidade do repouso. “O repouso é mais relacionado a não fazer atividades excessivas, como pegar peso. Fazer esforço articular maior aumenta a dor e pode resultar em cronificação da dor”.

Ainda segundo Patrícia, a alimentação e a hidratação devem ser priorizadas no período de recuperação. “Porque o paciente pode ter náusea, pode ter aftas dolorosas”.

O uso de analgésicos também auxilia na recuperação da chikungunya, de acordo com a médica. “A gente começa com tylenol ou então dipirona, por conta da febre e da dor. Em pacientes que esses remédios não resolvem, o melhor é procurar um médico, porque a gente pode passar medicações um pouco mais fortes”.

“Se tiverem alguns sintomas como tonturas, desmaios, taquicardia, confusão mental, sonolência, aí é preciso ir pra emergência procurar auxílio”, complementa Patrícia Macêdo.

As dores articulares podem levar o quadro para uma artrite, o que Patrícia alerta para se evitar o uso de corticóides e outras medicações sem prescrições médicas. “Eles podem aliviar as dores, mas podem progredir a artrite. Essas medicações têm de ser usadas com controle, com supervisão. Se as dores persistirem por mais de 3 meses, tem de se procurar o reumatologista para fazer o tratamento adequado”.

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