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Vereador de Juazeiro questiona a presença de parentes do prefeito na gestão; mandatário responde
Durante sessão, Janu (Republicanos) questionou as presenças da primeira-dama Sandra Cavalcante na gestão municipal e parentes de Glêdson Bezerra no fornecimento de serviços para o Instituto Diva Alves do Brasil (IDAB)
Alan Clyverton
Janu
Janu (Republicanos) (Reprodução)

Na sessão ordinária desta terça-feira (5) da Câmara Municipal de Juazeiro do Norte, o vereador Janu (Republicanos) questionou a narrativa adotada pelo prefeito Glêdson Bezerra (Podemos) durante a campanha de 2020 de que ia “quebrar a panela da corrupção” no município.

Durante a sessão, além de questionar a presença da primeira-dama Sandra Cavalcante na gestão municipal, Janu exibiu um gráfico onde aponta a presença de parentes de Glêdson no fornecimento de serviços para o Instituto Diva Alves do Brasil, o que, de acordo com o parlamentar, seria decisivo para a permanência do instituto em Juazeiro do Norte, a despeito das reclamações. A empresa é responsável pela administração do Hospital Maternidade São Lucas e Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Limoeiro.

Glêdson respondeu Janu e reforçou que sua gestão costuma tomar a dianteira de esclarecimentos com os repasses. “Quem encaminha as prestações de contas somos nós mesmos. Nós encaminhamos para o Ministério Público […] Só no primeiro quadrimestre já cortamos mais de 1 milhão em pagamentos para a IDAB […] A gente está sim quebrando a panela da corrupção”.

Sobre a presença de parentes na gestão municipal, como sua esposa Sandra, Glêdson defendeu as nomeações e argumentou que está amparado pela jurisdição brasileira. “Eu sou de uma família de servidores públicos. Sempre fui. Antes mesmo de ser vereador, antes de ser candidato a prefeito […] Não faz sentido eu não permitir que pessoas que trabalharam a vida inteira em gestões públicas, agora porque eu sou prefeito, não possa trabalhar, de acordo com o que está previsto em lei”.

“As nomeações que eu venha a fazer são todas com base no que tá na autorização da súmula do Supremo Tribunal Federal. E um detalhe: para trabalhar! Como tem sido feito o trabalho da minha esposa de domingo a domingo […] Agora, não pode ser nomeada e remunerada por isso?”, acrescentou Glêdson.

O prefeito ainda pediu que Janu e outras pessoas contribuam com a fiscalização da corrupção, diagnosticando possíveis servidores fantasmas, por exemplo. “Aí sim é corrupção. Se o vereador ou qualquer pessoa descobrir caso de servidor fantasma no nosso governo, estou a plena disposição para assinar todo e qualquer tipo de documento e encaminhar para todos os órgãos de controle”.

Assista à denúncia de Janu a partir do minuto 2:21:40

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