Foto: Arquivo Pessoal/Suyanna Gonçalves
Além da crescente de casos confirmados de Chikungunya, profissionais de saúde detectaram que a doença chegou mais agressiva no ano de 2022. Pela primeira vez, o Cariri apresentou morte ocasionada pela doença.
Até o último dia 23 de abril, os municípios que apresentaram os maiores registros de casos prováveis foram: Juazeiro do Norte (CE), com 3.539 casos (1.271,8 casos/100 mil habitantes) e Crato (CE), com 2.068 casos (1.544,3 casos/100 mil habitantes).
A Fisioterapeuta Suyanna Gonçalves, Especialista em terapia manual e em tratamento de dores, falou com exclusividade ao Site Miséria. Ela explicou que o uso da fisioterapia no período inicial da doença diminui significativamente a chance de desenvolver uma artrose crônica.
O tratamento, que antes era utilizado na fase mais avançada da doença, agora é necessário para um melhor desenvolvimento e combate as sequelas da Chikungunya.
De acordo com Suyanna, antes da pandemia do novo coronavírus 70% dos casos de Chikungunya não evoluiam e melhoravam dentro de 3 semanas. Agora, 90% dos casos evoluem com artrose. A fisioterapeuta explica que a pandemia pode ter influência para uma maior agressividade da doença, pois diminui bastante a imunidade das pessoas.
A fisioterapia como tratamento da Chikungunya, também é uma orientação do Ministério da Saúde, com a utilização da cinésioterapia, eletroterapia e bandagens elásticas.
O tratamento diminui a velocidade do processo de instalação da doença nas articulações, evitanto assim a destruição articular. E tem o objetivo também de diminuir as principais sequelas como inchaço nas mãos e pés, além de ajudar no ganho de músculos e uma melhora na capacidade muscular do corpo.
Suyanna Gonçalves atende de forma particular nas residências da população do Crajubar, porém, está se dispondo a atender pessoas que não tem condições de pagar uma fisioterapia. Para tal, segundo ela, precisa apenas de um local que poderia ser disponibilizado pela Secretaria de Saúde das prefeituras da região.

