Foto: Guto Vital/Agência Miséria
Neste domingo (29), teve início, oficialmente, a Festa de Santo Antônio, em Barbalha. Milhares de pessoas compareceram para prestigiar a volta do evento após dois anos.
E em ano eleitoral, a tradicional festa serve de vitrine para os políticos que vão disputar cargos eletivos. De um lado, as lideranças políticas acompanharam o ex-governador e pré-candidato a senador, Camilo Santana (PT). O prefeito de Barbalha, Guilherme Saraiva (PDT) foi visto em diversas ocasiões com Camilo e outros nomes da base, como o deputado estadual Fernando Santana (PT) e o deputado federal Pedro Bezerra (PDT).
Chamou atenção a ausência da governadora Izolda Cela (PDT) e os outros nomes da sigla cotados para serem lançados na disputa ao Abolição. Nem Izolda, Roberto Cláudio, Mauro Filho e Evandro Leitão foram vistos em Barbalha. Ao que tudo indica, os nomes do Partido Democrático Trabalhista têm evitado falar sobre o escolhido para tentar barrar uma crise ainda maior entre PT-PDT.
Na manhã desta segunda-feira (30), Ciro Gomes afirmou que quem vai escolher a candidatura do PDT é o PDT. “Não aceitaremos imposição seja de quem for e seja qual consequência for”, disse o presidenciável em evento realizado na Câmara Municipal de Fortaleza.
Ontem, em Barbalha, Camilo Santana seguiu o posicionamento de Ciro Gomes e voltou a afirmar que caberá ao PDT avaliar os nomes. “O importante não é o nome, mas o projeto que está em curso”, declarou o ex-governador. Apesar desse tom, Camilo Santana tem apoiado o nome de Izolda à reeleição, principalmente nas redes sociais.
Em meio aos tensionamentos, ficou ainda mais evidente a “demarcação de território” durante o Pau da Bandeira. Se de um lado, estava Camilo Santana, do outro estava o pré-candidato ao governo do Ceará pelo União Brasil, Capitão Wagner. A seu lado foram vistos o vereador de Fortaleza e pré-candidato a deputado estadual, Carmelo Neto, o vereador afastado de Juazeiro do Norte, Márcio Joias, e o ex-prefeito de Barbalha, Argemiro Sampaio.
“Sabemos do desafio que é enfrentar esse grupo que está no poder há 30 anos, mas toda oligarquia se encerra”, afirmou Capitão Wagner ao ser questionado por jornalistas sobre a disputa ao governo do estado.
Em Barbalha, o pré-candidato ainda falou sobre alianças. Capitão Wagner declarou que tem mantido uma conversa com o presidente estadual do MDB, Eunício Oliveira. Segundo Wagner, o partido aguarda até 20 de junho pela escolha do nome a ser lançado pelo PDT, caso após esse prazo não haja uma definição, o partido deve se posicionar. “Vamos respeitar o tempo do MDB”, disse.

