A falta de infraestrutura é uma reclamação constante de moradores do loteamento Vista do Cariri, em Crato. Os imóveis apresentam rachaduras, e problemas como a falta de água e energia são recorrentes. Nesta segunda-feira (6), a equipe de reportagem audiovisual do Site Miséria esteve no local conversando com os residentes.

De acordo com Jony, morador da localidade, a falta de energia de 24 horas quase impediu a realização da festa de aniversário do filho.

Durante a visita da equipe, os moradores relataram a precariedade da fossa, que precisa ser esgotada com frequência e acaba sendo despejada na rua.

Residente no loteamento há 2 dois, Wauires Gomes afirmou que o empreendimento cobra uma taxa de energia ilegal e que já chegou a ser notificado da pendência do pagamento, “eu nunca paguei, porque conheço meus direitos, ele não pode ta comercializando energia”, relatou.

Assista:

A reportagem do Site Miséria entrou em contato com o dono do loteamento Victor Luciano. Ele afirmou que a questão da cobrança da água foi entregue parcialmente à Secretaria de Sociedade Anônima de Água e Esgoto do Crato (Saaec) e que a infraestrutura foi entregue ao município, em relação a taxa de energia, Victor afirmou que o valor de R$ 100,00 foi cobrado a priori como um valor irrisório para contribuição da conta de energia.“Tendo em vista 40 casas a 100,00 daria 4.000,00 e nós pagamos 15.000,00 de energia por mês, ou seja, pago a energia de todos e praticamente nenhum paga a taxa dos 100,00… mas diante disso já estamos entregando a Enel nesses 15 dias. Moravam sem pagar água e energia, agora que já estamos entregando aos órgãos, os órgãos estão começando a cobrar os pagamentos e eles não estão satisfeitos”.

Perguntamos sobre a estrutura das casas, o proprietário do loteamento afirmou que a estrutura das casas foram avaliadas e aprovadas e pelos bancos e que sempre que solicitado, é feita a reparação dos imóveis, “os bancos financiados tem um seguro pra isso”. “Sobre a fossa sempre foi pago um valor para desgotamento da mesma, mesmo sabendo que não é culpa nossa”, disse.

A reportagem do Site Miséria tentou contato com a Caixa Econômica de Barbalha, que aprovou o loteamento, mas não obteve retorno sobre o assunto.