Foto: Zé Rosa Filho
Nesta sexta-feira (10), a Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) e o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) assinaram o Acordo de Cooperação Técnica, que representa o avanço nas medidas gerenciais e de proteção da fauna silvestre do Ceará.
O ACT tem como objetivo a gestão compartilhada da fauna silvestre no Estado. Uma das principais metas do acordo é reabrir o Centros de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) para a realização plena de suas atividades. A Semace é o órgão estadual que deve injetar recursos humanos e materiais com a intenção de deixar o equipamento operacional.
O superintendente do Ibama, Luiz Cesar Lopes, explicou o acordo, que foi iniciado ainda em 2018. “Temos visto durante esses anos o interesse e empenho da Sema e Semace para a concretização das políticas públicas e gestão da fauna silvestre no Ceará. Cumprimento também o superintendente da Semace, Carlos Alberto Mendes, que, da mesma forma tem se empenhado e muito dialogado com Ibama para buscar essa consecução da política pública”, declarou.
Carlos Alberto agradeceu aos técnicos do Ibama e Semace envolvidos no processo. “Nós sabíamos que era um problema, e de nossa responsabilidade, como órgão estadual, de que deveríamos também ter essa responsabilidade na gestão de fauna do Estado, nunca nos eximimos, sempre buscamos essa parceria. Sem as parcerias, não funciona. Agradeço especialmente a minha equipe que se empenhou e se empenha diariamente, em nome da Diretora de Fiscalização, Carolina Braga, e do Roberto Gladson, profissionais exemplares que fizeram muito para que esse acordo pudesse ser assinado hoje”, afirmou o titular da Semace.
Cariri
Alberto destacou a construção do Cetras próprio na região do Cariri. “O projeto está em fase final e aguarda a empresa responsável pelo projeto realizar pequenos ajustes solicitados pela SOP, para que possamos licitar o Cetas”, informou.
O momento contou com as presenças de representantes do parlamento, Corpo de Bombeiros, Batalhão de Polícia do Meio Ambiente, Ordem dos Advogados do Ceará, Aquasis e do Instituto Pró Silvestre.
De acordo com a Semace, o chefe da Divisão Técnico-ambiental do Ibama, Muller Holanda, apresentou as atividades do Instituto acerca da gestão da fauna silvestre no Estado e mostrou resultados, abordando aspectos como legislação, fiscalização e a importância das parcerias, desafios, entre outros.
Segundo o gestor, os principais desafios são relacionados ao transporte dos animais, capacitação dos agentes, tráfico (cativeiro irregular), comércio ilegal e caça.
Conforme Muller, em 2011, 11.486 animais deram entrada no Cetas, aumento significativo comparado ao ano de 2008, que totalizou 7.730 animais. Para o técnico do Ibama, cativeiros e o comércio irregular foram fatores determinantes para esse aumento.

