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Com o boom que as fintechs criaram no mercado bancário nos últimos anos, são poucas as empresas e empreendedores que ainda não se perguntaram: como começar uma fintech? Essa categoria de empresas, sempre atuante no mercado financeiro, se posiciona como player forte em uma nova era e cria uma nova forma de fazer finanças.

Todos querem ser parte desse mundo e ter a sua própria tecnologia fintech, mas isto não quer dizer que seja algo simples de fazer. Não perca a calma: se você de novo se perguntar como começar uma Fintech, a resposta está neste artigo.

O que é uma Fintech?

Uma Fintech é, tal e como seu nome indica, uma empresa que une de forma inovadora as finanças e a tecnologia. É uma maneira de revolucionar o mercado financeiro a partir de uma gama imensa de oportunidades.

A palavra “fintech” é a abreviatura dos conceitos “finance” e “technology” em inglês. Este termo se refere a qualquer tipo de empresa que melhore ou automatize os processos e serviços financeiros através da tecnologia.

Suas características principais são a rapidez e a agilidade nos processos de gestão internos, assim como oferecer soluções inovadoras e eficientes a seus clientes.

É um setor em constante crescimento e que cobre diferentes tipos de negócios, tais como os bancos digitais, moedas criptográficas, seguros e outros.

Por que começar uma Fintech?

No Brasil, o ecossistema de Fintech não para de crescer. Não só através das oportunidades internacionais que se geraram a partir da crise financeira de 2008, mas também graças ao marco regulatório que o país dispõe sobre este mercado, que promove a criação e o crescimento destas empresas inovadoras.

Além disso, uma fintech, construída sob a lógica de startups e as metodologias ágeis, se apresenta como um negócio escalável com grandes oportunidades no futuro, ainda maiores dentro do cenário favorável do Brasil.

Um ponto extra e quase óbvio: clientes e consumidores, tanto pessoas quanto empresas, buscam produtos e serviços digitais, inovadores e que solucionem de maneira eficiente suas demandas, que é exatamente o que as fintech oferecem.

Foto: Freepik

Como abrir uma Fintech?

Começar sua própria fintech não é algo que você pode fazer da noite para o dia, mas é possível começar da forma correta ao seguir os passos que contamos abaixo.

1. Estude o mercado

Faça-o profundamente. Como dissemos, o ecossistema de fintechs no Brasil é muito grande e segue se expandindo. Sendo assim, também poderá identificar seus desafios e oportunidades, quem serão os seus principais concorrentes e qual será o diferencial que poderá contribuir ao mercado com sua empresa.

2. Defina seu segmento

Uma vez que você conheceu o mercado e transformou as oportunidades, escolha qual produto ou serviço será o pilar de sua fintech (ou a partir de quais características inovadoras você vai trabalhar), e qual será o melhor modelo de negócio para ter sucesso. Pense em seu público-alvo, um setor que não tem o porquê ser extenso, mas que precisa e apreciará o que você tem para oferecer.

3. Analise a regulamentação local

Todos os países e tipos de negócios têm a sua própria regulamentação a respeito para as fintechs e os requisitos que devem cumprir para poder operar em seus territórios. Conhecer estas regras é fundamental para depois não ter inconvenientes ou obstáculos.

No Brasil, por exemplo, as Fintechs de crédito e empréstimo são regulamentadas desde abril de 2018 pelo Conselho Monetário Nacional, através das Resoluções 4.656 e 4.657. Nelas se indicam que para começar sua empresa, primeiro você deve estabelecer uma Sociedade de Crédito Direto (SCD) ou uma Sociedade de Empréstimo entre Pessoas (SEP, pelas siglas em português).

As SDCs realizam operações de crédito através de uma plataforma eletrônica com seus próprios recursos, ou seja, não podem fazer captação de fundos do público. Além disso, as SCDs oferecem os serviços de análise de crédito e cobrança de crédito de terceiros; emissão de moeda eletrônica; e distribuição de seguros relacionados com as transações por ela concedidas.

Por sua vez, a SEP realiza operações de crédito entre pessoas: peer-to-peer lending, onde a Fintech realiza uma intermediação financeira entre credor e devedor. Ao contrário das SDCs, as SEPs captam fundos de recursos públicos, desde que estejam exclusivamente vinculados à operação de empréstimo. Tanto as SDCs quanto as SEPs devem ser autorizadas pelo Banco Central do Brasil.

4. Forme uma boa equipe

As pessoas são o segredo por trás do sucesso de qualquer empresa. E não só as pessoas que consomem os produtos e serviços, senão -sobretudo- aquelas que os tornam realidade. Definitivamente, quem faz a fintech no dia a dia.

Formar uma equipe de confiança é essencial para trabalhar unidos e em função dos objetivos comuns. Contudo, não se esqueça que a capacitação deve ser constante para todos, ainda mais em um campo de avanços vertiginosos como é a tecnologia.

5. Captar recursos e não economizar nos esforços

Saber como conseguir esses primeiros investimentos para lançar sua Fintech é fundamental, sobretudo porque o dinheiro necessário para abrir uma empresa é alto. Aqui também você deve pensar cuidadosamente em qual é o seu diferencial e o que é isso que você tem para oferecer por cima de outras empresas, para captar investidores. Não economize esforços: não se chega longe a meia velocidade.