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Além da chegada da primavera, o mês de setembro é caracterizado por altas temperaturas, baixa umidade do ar e ventos fortes, especialmente no Ceará, mas esse cenário pode desencadear doenças respiratórias e desconfortos, além de aumentar o risco de infecções.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o nível ideal de umidade do ar para o organismo humano gira entre 40% e 70%. De acordo com os dados da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), a região centro-sul do Ceará prevê índice de umidade entre 15% a 30%.
O Ministério da Saúde alerta que a baixa umidade aumenta a incidência de rinite alérgica e asma, além de problemas na pele, nos olhos e sangramento nasal. Mesmo quando a temperatura sobe, o ar seco acelera a absorção do suor pelo ambiente e resseca a pele.
Para evitar esses problemas, especialmente nas crianças, a infectologista pediátrica Lohanna Tavares alerta para a necessidade de uma boa hidratação, o consumo diário de pelo menos 2 litros de líquidos, a utilização do filtro solar, além de uma alimentação balanceada com fibras, frutas, leguminosas, evitando gorduras, frituras e refrigerantes.
A especialista explica que esse período mais quente é amenizado pela presença dos ventos, porém o fator de ressecamento de pele aparece, “essa pele ressecada fica mais frágil à traumas, coça mais e isso pode abrir uma porta de entrada para infecções por bactérias que já habitam a nossa pele”, conta.
Os ventos também podem causar inflamações das mucosas. De acordo com a alergologista e imunologista, Ana Luísa Belarmino, esse período afeta também a rinite alérgica, muito comum em pessoas que têm mais sensibilidade. Ela ressalta que o pólen propagado nessa estação causa coriza, obstrução nasal, espirros, coceira no nariz, garganta e olhos, principalmente nos alérgicos.
“Mesmo os pacientes que não tem essa sensibilização, devem ter cuidado nessa estação. O paciente que não tem a rinite pode ter a mucosa irritada pelo pólen também”. A especialista ressalta que a lavagem nasal faz todo o efeito.
Outros cuidados
De acordo com a alergologista é principalmente neste período que a higiene da casa deve ser mais cuidada. O ideal é optar pelo pano úmido na limpeza, ao invés de vassoura ou espanador. Ela destaca que tapetes, carpetes, cortinas e os bichinhos de pelúcia devem ser abolidos da casa onde vive um alérgico.

