O prefeito de Potengi, Edson Veriato (PT), é apontado em denúncia protocolada no Ministério Público (MP), na última quarta-feira (16), por suposto cometimento de irregularidades na aquisição de insumos para o hospital do município. A denúncia foi elaborada pela vereadora Aline Sérgio, que integra o grupo de oposição na Câmara Municipal. Segundo ela, a gestão contratou uma empresa mediante dispensa de licitação apesar de o município já possuir um contrato ativo para este fim.

Na peça, a parlamentar aponta que a empresa contratada é uma espécie de “empresa tem de tudo”. “A dispensa por si só já é ilegal e quando já existe um contrato firmado para comprar o material se torna pior ainda”, afirmou. “Em pesquisa rápida na internet pode-se verificar que não foi localizada a sua sede, o que comprova claramente a famosa empresa fantasma”, denunciou a vereadora.

Em outra denúncia, Aline aponta que a gestão Veriato usou dados de agentes de saúde sem vínculo empregatício com o município para o recebimento de recursos federais. Para a autora da denúncia, a manobra caracteriza fraude e ato de improbidade administrativa. “Nem mesmo esses antigos funcionários sabiam que estavam sendo usados para receber verbas federais. As condutas foram dolosas e reincidentes”, completou.

Edson Veriato também é investigado por suposto cometimento de crime de responsabilidade no contrato da limpeza pública. No início deste mês, a Câmara de Potengi aceitou denúncia por infração político-administrativa contra o prefeito e deu continuidade a abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar o gestor.