De acordo com dados consolidados pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Ceará, o estado registrou em 2022 um total de 323 casos de crianças e adolescentes desaparecidos. De modo estratificado, aponta-se que foram 283 Boletins de Ocorrência (B.O) para crianças desaparecidas e 40 tendo como o sumiço de adolescentes. 

A pasta indicou que parte considerável desses casos terminou em resultado satisfatório, ou seja, com a pessoa encontrada. Contudo, não houve precisão no percentual de sucesso desse tipo de investigação. No entanto, a secretaria divulgou que quando comparado com os dados de 2021, o ano passado registrou um aumento de 17% na quantidade de adolescentes desaparecidos, ante um acréscimo de 9% no quantitativo de crianças que sumiram. 

A Polícia Civil do Ceará destaca que em muitas situações o contexto de sumiço está envolvido em uma série de vulnerabilidades. A corporação relata, ainda, que em diversos contextos o sumiço decorre de desentendimentos entre os pais ou disputa de guarda, por exemplo. 

Em um recorte geral, os números oficiais do Ceará evidenciam que há um aspecto racial relevante nos desaparecimentos, já que mais de 77% dos casos envolvem pessoas pardas. No campo do gênero, 71,79% são do sexo masculino, já as mulheres respondem por 25,64%.