Presidente do STF, ministra Rosa Weber. Foto: Reprodução TRT-4
No retorno das atividades do Supremo Tribunal Federal, a presidente da corte, ministra Rosa Weber, afirmou que o pleno do judiciário brasileiro seguirá empenhando na busca da “defesa diuturna e intransigente da Constituição e do estado democrático de direito“. A sessão solene aconteceu no plenário do STF, que foi integralmente reconstruído após os ataques antidemocráticos vistos em 8 de janeiro.
Rosa Weber fez questão de classificar os ataques de janeiro como “golpistas e ignóbeis“. A magistrada afirmou, ainda, que a Suprema Corte brasileira, principal alvo das ações de ódio, agiu e fez “prevalecer em sua atuação jurisdicional a autoridade da Constituição“. Acrescentou que os responsáveis pelos atos do 8 de janeiro estavam imbuídos de ódio irracional, quase patológico. Ponderou, ainda, que eles devem identificados como “inimigos da liberdade”.
“Mas advirto. Não destruíram o espírito da democracia. Não foram e jamais serão capazes de subvertê-lo porque o sentimento de respeito pela ordem democrática continua e continuará a iluminar as mentes e os corações dos juízes desta Corte Suprema, que não hesitarão em fazer prevalecer sempre os fundamentos éticos e políticos que informam e dão sustentação ao Estado Democrático de Direito. Que os inimigos da liberdade saibam que no solo sagrado deste Tribunal o regime democrático, permanentemente cultuado, permanece inabalável“, enfatizou.
A presidente do STF também ponderou que apesar da destruição física que foi verificada no prédio da Suprema Corte, manteve-se neste período incólume a instituição Poder Judiciário. Rosa Weber foi objetiva também ao dizer que os responsáveis serão exemplarmente punidos. “Em nome do Supremo Tribunal Federal, que, uma vez erguida da justiça a clava forte sobre a violência cometida em oito de janeiro, os que a conceberam, os que a praticaram, os que a insuflaram e os que a financiaram serão responsabilizados com o rigor da lei nas diferentes esferas“, ponderou a jurista.
Ao fim do discurso, ela pregou a manutenção do Estado Democrático de Direito, lembrando da necessidade de conivência harmoniosa entre os três poderes constituídos da República. Acompanharam a cerimônia de abertura do ano judiciário o presidente da República, Lula (PT); seu vice, Geraldo Alckmin (PSB); além do presidente do Congresso Nacional, o senador Rodrigo Pacheco (PSD). Também estavam no plenários ministros de governo, autoridades de vários estados e militares.

