Compartilhar
publicidade
publicidade
Hipertensão, diabetes, covid e tuberculose são mais prevalentes em refugiados, diz pesquisa
A pesquisa contou com apoio financeiro da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Yanne Vieira
FOTO: ROVENA ROSA / AGÊNCIA BRASIL

Doenças crônicas, como hipertensão e diabetes, e infecciosas, como Covid-19 e tuberculose, figuram como mais prevalentes em migrantes e refugiados do que em brasileiros, é o que aponta o estudo de pesquisadores da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e colaboradores de instituições nacionais e internacionais.

Oito entre dez dos refugiados escutados pela pesquisa dependem do Sistema Único de Saúde (SUS) para diagnóstico e tratamento de saúde. Os dados do estudo foram publicados nesta sexta-feira (10), na “Revista Latino-Americana de Enfermagem”.

A pesquisa contou com apoio financeiro da Organização Mundial da Saúde (OMS) e coletou dados relacionados à saúde de 553 refugiados e migrantes do país de 17 de agosto a 30 de outubro de 2020.

O estudo aponta os seguintes números: 28% de hipertensão, 21% de diabetes, 7% de Covid-19 e 3% de tuberculose, sendo uma prevalência maior destas doenças entre refugiados e migrantes do que na população em geral. Em 2020, o Ministério da Saúde havia estimado que, na população geral, há presença de 24% de hipertensos, 7% de diabéticos e 1% de tuberculosos – números, portanto, menores em relação à população estudada.

Entre as vulnerabilidades, 32% referiram desemprego, 37,6% mudaram para o Brasil em decorrência da situação social do seu país e 33,6% residiam em asilo e ou abrigo. Durante a pandemia de Covid-19, a maioria da população de migrantes e refugiados estudada declarou ter sofrido impacto na renda familiar. Além do acesso ao SUS, mais da metade desse grupo (60%) teve acesso ao auxílio emergencial, benefício disponibilizado pelo governo.

Para Sonia Vivian, autora principal do artigo, “o desafio para as cidades receptoras é assegurar, por meio do SUS, o acesso ao serviço de saúde pública, principalmente, promovendo e estimulando o uso da Atenção Primária à Saúde”, afirma.

Compartilhar
Comentar
+ Lidas
TV Miséria