O ex-governador do Ceará e atual ministro da Educação (MEC), Camilo Santana, anunciou no final desta semana que irá iniciar uma consulta pública para debater o novo formato do ensino médio. O modelo que segmenta algumas disciplinas em grandes áreas de conhecimento, diminuindo a carga horário de parte delas, foi aprovado em 2017 – durante a gestão de Michel Temer (MDB) – e vem sendo implementado de modo gradual desde o ano passado. 

Camilo informou, através de suas redes sociais, que o MEC irá ouvir em audiências públicas e seminários os estudantes, professores e gestores da educação de todo o país. De acordo com a portaria publicada no Diário Oficial da União, a consulta durará 90 dias, podendo ser prorrogada. 

A posição de Santana vem depois de uma série de protestos realizados em cerca de 50 cidades ao longo desta semana. As ações pediam a revogação do atual modelo. Nas redes sociais, o ex-governador observou, também, que o “MEC irá recompor o Fórum Nacional de Educação, reintegrando entidades e movimentos populares a esse importante debate sobre o futuro da nossa educação”, publicou o ministro nas redes sociais.”

Inicialmente Santana chegou a apresentar uma postura mais conservadora sobre o novo ensino médio, afirmando que a revogação não era pensada. Contudo, as ações de grupos e movimentos sociais pressionaram a atual composição do MEC pela ampliação do espaço de debate, fazendo o ministro ceder ao processo de consulta pública.