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Polícia Federal aponta que ex-presidente sabia de fraude em cartões de vacinação
A operação da Polícia Federal (PF), deflagrada nesta quarta-feira (3), investiga adulteração em cartões de vacinação.
Juliana Sátiro
Foto: Adriano Machado/Reuters

O ex-presidente Jair Bolsonaro, que foi alvo de  investigação na última quarta-feira (3), pela Operação Verine da Polícia Federal (PF), sabia do esquema de fraude em cartões de vacina contra Covid-19. A informação é de um documento da PF obtido pelo jornal  Folha de S. Paulo

A PF aponta, em representação encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF), que o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, era o principal articulador da fraude.  O assessor especial do ex-presidente, Marcelo Câmara, também estava envolvido. O documento indica que “Jair Bolsonaro, Mauro Cid e, possivelmente, Marcelo Câmara tinham plena ciência da inserção fraudulenta dos dados de vacinação, se quedando inertes em relação a tais fatos até o presente momento”.

De acordo com a investigação, as informações que compõem a fraude, sobre a aplicação de duas doses da vacina da Pfizer em Bolsonaro, foram incluídas em 21 de dezembro de 2022. A suspeita é de que houve fraude nos dados de vacinação de Bolsonaro, da filha dele de 12 anos, do próprio Mauro Cid, da mulher e da filha do ex-ajudante.

Um dia após a inserção das informações fraudulentas, foi emitido certificado de vacinação no perfil de Bolsonaro na plataforma ConecteSUS, uma das ações que indica que o ex-presidente sabia da fraude. A emissão se deu pelo celular de Mauro Cid.

Em coletiva de imprensa, Jair Bolsonaro afirmou que não tomou vacina contra Covid-19 e não realizou nenhum tipo de adulteração no documento. O ex-presidente também afirmou que sua filha, Laura, não foi imunizada contra o vírus.

Operação Verine

A operação da Polícia Federal (PF), deflagrada nesta quarta-feira (3), investiga adulteração em cartões de vacinação. A PF já prendeu seis pessoas e cumpriu 16 mandados de busca e apreensão em Brasília e no Rio de Janeiro.

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