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Lula defende política unificada para a região da amazônia
Em agosto, será realizada, em Belém, a Cúpula da Amazônia. O evento deve reunir os chefes de Estado dos oito países que integram a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA)
Juliana Sátiro
Mudança climática pode transformar em savana 40% da Amazônia, indica estudo
(Fundo Amazônia/Divulgação)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu, neste domingo (21), uma política unificada para a região amazônica. A inciativa vista evitar o desmatamento da região e preservar a vida das 28 milhões de pessoas que lá vivem. Em agosto, será realizada, em Belém, a Cúpula da Amazônia. O evento deve reunir os chefes de Estado dos oito países que integram a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA).

“Eles têm direito de viver, de trabalhar, de comer, de ter acesso a bens materiais que todos nós queremos. E, por isso, precisam explorar não desmatando. Explorar a riqueza da biodiversidade para saber se podemos extrair a possibilidade de desenvolver uma indústria de fármacos, de cosméticos, por exemplo, para gerar empregos limpos”, afirmou o presidente durante conversa com jornalistas em Hiroshima, no Japão.

Lula participou do segmento de engajamento externo da Cúpula do G7, reunião de líderes de sete das maiores economias do mundo: Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá. O governante cobrou que os países ricos cumpram os compromissos assumidos no âmbito internacional, como a doação de US$ 100 bilhões ao ano para que países em desenvolvimento preservem suas florestas. “Em todas as COPs [Conferências do Clima das Nações Unidas] as pessoas falam que vão doar US$ 100 bilhões. Nós estamos aguardando”, disse.

De acordo com o presidente, é preciso que haja uma governança global mais representativa, com punição para os países que não cumprirem os esforços nas questões climáticas. “Ou todos nós entendemos que o barco é um só, que o planeta é redondo, ou entendemos que uma desgraça que vier vai pegar todo mundo de calça curta. Os cientistas estão nos prevenindo, então é importante termos clareza de que nós seremos os responsáveis de nos salvar ou de nos matar”, disse.

A sessão de debates do G7 teve como tema “Rumo a um mundo pacífico, estável e próspero”. As cúpulas do G7 costumam contar com a presença de países convidados. Nesta edição, além do Brasil, foram convidados Austrália, Coreia do Sul, Vietnã, Índia, Indonésia, Comores e Ilhas Cook.

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