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O esvaziamento dos ministérios do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, chefiado por Marina Silva, e dos Povos Indígenas, comandado por Sônia Guajajara, vem desencadeando uma série de situações desagradáveis no governo Lula (PT). Marina e Sônia já realizaram críticas públicas ao fato, e afirmaram que esperavam uma postura mais objetiva do presidente. Em entrevista à Globonews, Sônia chegou a dizer que a posição silente de Lula era “frustrante”.
O encontro das ministras com o chefe do executivo nacional está agendado para esta sexta-feira (26), e se mantida a agenda ocorrerá a partir das 9h. É esperado que também participem da reunião os titulares da Casa Civil, Rui Costa, e das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
O desgaste é causado pela discussão do parecer da Câmara Federal sobre a Medida Provisória que reestrutura a Esplanada dos Ministérios. O relator da matéria, deputado Isnaldo Bulhões (MDB-AL) diminuiu as competências correlatas às pastas ocupadas pelas duas políticas. Entre as mudanças está a migração da Agência Nacional de Águas (ANA) do Meio Ambiente para o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional. A pasta de Marina também deve perder o cadastro de áreas rurais, fundamental para controle do desmatamento.
Já o Ministério dos Povos Indígenas perde o poder de realizar a demarcação de terras indígenas. Essa atribuição seria repassada para o Ministério da Justiça, hoje comandado por Flávio Dino (PSB-MA).
Marina nega que exista desgaste com o presidente Lula. Sônia também. Contudo, a situação de esvaziamento das pastas se junta a um outro quadro que vem gerando tensões no governo. O Ibama negou a exploração de petróleo pela Petrobras na Foz do Amazonas, porém, setores da administração federal, incluindo Lula, mostram-se favoráveis à atividade.

