O Site Miséria lembra a passagem de exatos 30 anos da morte de Eleutério Tavares de Lira, que transcorre neste domingo. Ele foi remanescente do Caldeirão do Beato José Lourenço de quem era afilhado. O mesmo nasceu no dia 20 de fevereiro de 1915 ou cerca de quatro anos após a emancipação política de Juazeiro e o Padre Cícero ainda viveria 19 anos, que era a idade de Eleutério quando o sacerdote morreu.

O mesmo era filho de Severino Tavares de Lira e Joaquina Maria da Conceição, cujo casal teve ainda José e Severina Tavares de Lira. Mas foi somente aos 11 anos que Eleutério passou a morar em Juazeiro se tornando estudante do Colégio Menezes Pimentel quando concluiu o antigo curso de Admissão ao Ginásio. Agricultor e comerciante, era um homem extremamente católico e, como devoto de Nossa Senhora das Dores, rezava o Rosário todos os dias.

O pai trabalhava com o beato Zé Lourenço e Eleutério era tido como um filho adotivo do responsável pelo Caldeirão da Santa Cruz do Deserto e muito ligado à comunidade. Após a morte do beato, Eleutério passou a zelar e conservar o túmulo do mesmo no Cemitério do Socorro, bem ao lado da Capela. Foi casado com Alexandrina Tavares de Lira e, do matrimônio nasceram: José, Daniel (comerciante falecido), Eugênio, José Cícero, Raimundo (comerciante falecido) e a professora Maria Loureto de Lima.

Eleutério morreu no dia 23 de julho de 1993 vítima de um infarto no Hospital São Lucas quando terminou sepultado no mesmo túmulo do beato José Lourenço. Em vida, foi muito procurado por pesquisadores e historiadores para falar sobre a experiência do Caldeirão e o bombardeio aéreo na comunidade. Dentre as homenagens a ele prestadas foi colocado o seu nome numa das ruas do bairro Leandro Bezerra em Juazeiro.