Manoel era uma pessoa muito conhecida e querida em Juazeiro (Foto: Reprodução)
Como forma de homenagem póstuma, o Site Miséria lembra exatos cindo anos da morte do ex-atleta de futebol, Manoel Silva de França Silva, que transcorre nesta quarta-feira. Conhecido por “Manoel Roído” ou “Manoelzinho”, residia na Rua Doutor Diniz no centro de Juazeiro e morreu no Hospital Regional do Cariri (HRC) no dia 18 de outubro de 2018 aos 65 anos. Era tido com um dos maiores atacantes da história do Guarani. Inclusive, autor de gol antológico que lhe valeu placa no Romeirão.
Pelo Campeonato Cearense, no dia 16 de maio de 1979, o Leão do Mercado recebeu o Fortaleza e venceu o Tricolor do Pici por 2 a 1. Foi exatamente o gol da vitória naquela noite que ficou gravado apenas na memória dos torcedores presentes ao estádio pelo fato do jogo não ter sido filmado. Quando a bola foi erguida perto da grande área, Manoel deu um toque de calcanhar “chapelando” os dois zagueiros do Fortaleza e, sem deixá-la cair no gramado, apanhou do outro lado tocando para o fundo do gol.
Manoel foi acometido de um AVC (Acidente Vascular Cerebral) e ainda submetido a uma cirurgia, mas não resistiu. Sua passagem pelo futebol juazeirense, entretanto, não começou no Guarani. No final da década de 70 os dirigentes do Icasa, Silva Lima e Feijó de Sá, foram à Recife (PE) garimpar atletas juvenis que estavam estourando a idade no Santa Cruz. Ele assinou contrato profissional com o Icasa, mas não demorou e, logo, foi levado pelo Guarani onde até foi técnico ao fim da carreira.
Manoelzinho era uma pessoa das mais extrovertidas, estando sempre bem humorado e rodeado por amigos. Foi daqueles que veio para Juazeiro, se apaixona pela cidade e decidiu nunca mais ir embora. Tornou-se funcionário público como um dos responsáveis pela fiscalização no Mercado Central, onde, também, só fez amizades. Por conta disso, ali mesmo e em um dos boxes decidiu colocar um bar bastante frequentado por ex-atletas num ambiente de relembranças e muitas brincadeiras.
Ele faleceu dois dias antes de completar 65 anos, teve o corpo velado na casa da ex-companheira na Rua Mocinha Sobreira Dias (Socorro) e sepultado no Cemitério Parque Anjo da Guarda. Milhares de pessoas passaram pelo velório e outras tantas aguardavam o cortejo que passou em frente ao Mercado Central e Romeirão em cujo estádio proporcionou muitas alegrias ao torcedor juazeirense. O corpo estava vestido numa blusa do Guarani e uma bandeira do time também foi posta sobre o caixão.

