O senador Cid Gomes convocou uma reunião do diretório cearense do PDT esta quinta-feira (9). O objetivo do encontro é questionar as decisões tomadas no âmbito nacional da sigla, que aprovou no último dia 27 de outubro uma intervenção na executiva do partido no Ceará. Salienta-se que a executiva nacional vem agindo para inviabilizar a reunião chamada pelo senador.

Aponta-se que o PDT tem acelerado os trâmites burocráticos necessários à oficialização da intervenção, a fim de que na próxima quinta-feira todos o ditames já tenham sido cumpridos. Dessa forma, o irmão de Ciro Gomes seria automaticamente afastado da presidência do partido no estado, portanto, a convocação feita por ele não teria validade.

Observa-se que ainda não há certeza sobre quem assumirá o comando da agremiação através da intervenção, esse nome sairá do conjunto de aliados do deputado federal André Figueiredo. Frisa-se que o parlamentar ocupa interinamente a presidência nacional do PDT, já que Carlos Lupi licenciou-se para assumir o Ministério da Previdência, na administração de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A briga interna do PDT se arrasta desde as eleições de 2022, quando o senador Cid Gomes não manifestou expresso apoio ao candidato Roberto Cláudio, que disputou o Palácio da Abolição pelo PDT. O senador optou pela neutralidade no andamento do pleito, e após o resultado passou a defender que o partido integrasse a base de Elmano de Freitas (PT), o que vem sendo negado por uma ala da agremiação no estado. Cid alega que conta com endosso direto da maioria dos prefeitos e parlamentares pedetistas. Por sua vez, o grupo de André Figueiredo indica que essa maioria levantada seria “frágil”.