Hélio Doyle ficou na presidência da EBC até outubro. Foto: Reprodução
Por decisão da Comissão de Ética Pública (CEP), o Governo Federal deverá pagar salário por seis meses ao presidente demitido da Empresa Brasil de Comunicação, o jornalista Hélio Doyle. A medida é adotada como uma espécie de quarentena trabalhista para pessoas que atuaram no setor público com acesso à informações privadas, a fim de evitar que elas sejam levadas ao setor privado, caso o trabalhador assuma nova posição de imediato. Doyle tinha um salário bruto de R$36.017,98 como presidente da EBC.
Lembra-se que ele deixou o cargo em 18 de outubro, depois de xingar em sua conta no X (antigo Twitter) apoiadores de Israel. Doyle compartilhou uma publicação do ilustrador Calos Latuff qualificando como “idiotas” os apoiadores de Israel.
Hélio Doyle estava no cargo desde fevereiro, quando o presidente Lula o havia nomeado. Atualmente a EBC está sendo presidida interinamente pelo historiador Jean Lima.
Quarentena do setor público
Os seis meses de salário após a saída de cargo de alta relevância é comum. Outros nomes da administração pública também gozaram deste benefício, entre eles a ex-ministra do Esporte do governo Lula (PT), Ana Moser, e o ex-ministro da Justiça de Bolsonaro (PL), Sérgio Moro (UB).

