Com a virada do ano se encerrou o período formal em que o senador Cid Gomes presidia o PDT Ceará, e desde o dia 1° de janeiro o sistema da Justiça Eleitoral mostra o diretório do partido no estado como inativo. Todavia, a gestão partidária está sendo tocada momentaneamente pela executiva nacional, hoje presidida pelo deputado federal André Figueiredo.

No entanto, a expectativa é que até o início da semana que vem o diretório cearense do PDT esteja recomposto, nessa linha, pondera-se que o nome mais cotado para assumir a direção partidária no estado é o do ex-senador Flávio Torres. Ele havia sido indicado presidente da agremiação em outubro do ano passado, quando a executiva nacional determinou uma intervenção na executiva do Ceará. Lembra-se, porém, que a intervenção foi revertida na Justiça por Cid Gomes.

Outro nome que também é lembrado nas conversas a respeito da direção da legenda em solo cearense é Cristhina Brasil, responsável pela Ação da Mulher Trabalhista do Ceará (AMT-CE).

Recupera-se que esse contexto é o quadro mais recente da cisão interna do PDT, que viu o irmãos Cid e Ciro Gomes caminharem por trilhas opostas em 2022. Enquanto Cid defendia a candidatura de Izolda Cela para o governo do estado, Ciro endossava o nome de Roberto Cláudio, que foi o candidato. Após as eleições e a vitória de Elmano de Freitas (PT), Cid argumentava que o PDT deveria recompor a aliança com o PT e se firmar na base do governo, posição rechaçada por Ciro e André Figueiredo.

Hoje, o partido tenta se reorganizar para as eleições municipais de outubro, enquanto Cid Gomes deixou a sigla e voltará ao PSB, partido que esteve por quase 10 anos.