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O desalinhamento entre os governos do prefeito Glêdson Bezerra (Podemos) e do governador Elmano de Freitas (PT) voltou a ser ponto de discussão na Câmara Municipal de Juazeiro do Norte. Nessa quinta (8), vereadores da base apontaram um suposto boicote contra o prefeito por porte do Palácio da Abolição.
O assunto foi levantado pelo vereador Beto Primo (PSDB). Ele lamentou a lentidão nos repasses de recursos para conclusão de obras conveniadas entre prefeitura e estado, como as reformas de quatro cozinhas comunitárias, Restaurante Popular, Memorial Padre Cícero e Cemitério São João Batista.
“[O prefeito] tá sofrendo um boicote e quem tá pagando é a população. Estão tentando prejudicar o prefeito Glêdson? Beleza. Mas Glêdson não precisa de cozinha comunitária para comer, não precisa de restaurante popular para comer, quem precisa é a população carente”, disse o vereador.
Para Beto Primo, Juazeiro do Norte tem sido preterido pelo governo Elmano em relação a investimentos no Cariri. Segundo ele, o governo estadual tem feito ‘romarias’ de inaugurações em cidades que possuem gestores aliados ao Abolição, e ignora Juazeiro por não ter um prefeito alinhado politicamente.
“O que se vê hoje no Cariri são ‘romarias’ de secretários de estado vindo inaugurar, vindo lançar, seja o que for, toda semana tem gente em Crato, Barbalha, Brejo Santo, Mauriti, Abaiara, Caririaçu. Só não vem para Juazeiro. Só não vê quem não quer que isso é perseguição”, acrescentou.
Desde o ano passado, Glêdson tem sido incisivo nas cobranças pelas contrapartidas do governo do estado para conclusão das obras conveniadas. O estado, por sua vez, alegou pendências que supostamente impediriam os repasses. O prefeito, porém, nega a existência dessas pendências e resolveu levar o caso ao Ministério Público estadual, em janeiro passado.

