Desde o início da manhã desta quinta-feira (27), policiais federais cumprem dois mandados de prisão preventiva contra ex-diretores da empresa Americanas. Além disso, há cumprimento de 15 mandados de busca e apreensão e o sequestro de bens e valores dos ex-diretores investigados, que chegam a mais de R$ 500 milhões.

Eles são acusados de participarem de fraudes contábeis, que somam R$ 25,3 bilhões, de acordo com a Polícia Federal (PF). Os agentes apontam que os então diretores da Americanas “praticaram fraudes contábeis relacionadas a operações de risco sacado, que consiste numa operação na qual a varejista consegue antecipar o pagamento a fornecedores por meio de empréstimo junto aos bancos”.

Segundo a PF, a apuração também constatou “fraudes envolvendo contratos de verba de propaganda cooperada (VPC), que consistem em incentivos comerciais que geralmente são utilizados no setor, mas no presente caso eram contabilizadas VPCs que nunca existiram”.

A PF disse que as investigações tiveram colaboração da atual diretoria da empresa. As ordens judiciais foram expedidas pela 10ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, com base nas investigações da PF, do Ministério Público Federal e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

As pessoas investigadas deverão responder pelos crimes de manipulação de mercado, uso de informação privilegiada, associação criminosa e lavagem de dinheiro.