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Tarifaço dos EUA pode impactar indiretamente o setor de comércio e serviços de Juazeiro do Norte, avalia secretário
O impacto deve vir pela importância econômica que a cidade tem na região do Cariri e sua proximidade com cidades que possuem uma indústria voltada à exportação mais forte, como é o caso de Crato e Brejo Santo. 
Bruna Santos
Wilson Soares, secretário de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Romaria de Juazeiro do Norte. Foto: Guto Vital / Portal Miséria.

O município de Juazeiro do Norte pode sentir, de forma indireta, os efeitos do tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A avaliação é do secretário de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Romaria, Wilson Soares, que aponta possíveis reflexos nos setores de comércio e serviços.

Segundo ele, embora Juazeiro não tenha forte presença industrial voltada à exportação, o impacto deve vir pela importância econômica que a cidade tem na região do Cariri e sua proximidade com cidades que possuem uma indústria voltada à exportação mais forte, como é o caso de Crato e Brejo Santo. 

Então, tanto o Crato como o Brejo Santo, eles vão sofrer esse impacto, porque o Crato em si, é o que detém a maior fatia de exportações aqui da nossa região, com a grande indústria que tem lá do calçado. E o segundo colocado é justamente o Brejo Santo, que detém uma outra fatia que seria 50% do que o Crato exporta”, explica.

Dados do Observatório da Indústria da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) apontam que apenas em 2024, Brejo Santo exportou cerca de US$ 6,4 mil em calçados para os EUA, enquanto o Crato registrou pouco mais de US$ 3,1 mil.

Por que um impacto indireto? Porque nós somos o município polo da região do Cariri, então nós temos o nosso comércio e o nosso setor de serviço muito forte, porque nós temos essa centralidade na região e a gente concentra a aquisição de serviço e de produtos em nossa cidade pelos municípios da região”, comenta Wilson.

De acordo com o secretário, outro fator importante é a possibilidade do aumento de desemprego, caso as empresas que compõem a indústria vejam como forma de manter o funcionamento a redução do quadro de trabalhadores.

Isso impacta indiretamente em Juazeiro, por conta disso, que as pessoas que recebem os seus salários lá,  muitas delas consomem em Juazeiro e até, às vezes, nós temos  pessoas que são moradores de Juazeiro e trabalham principalmente nessa indústria do Crato”, detalha o titular da pasta.

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