Coleção recebeu destaque em passarelas internacionais. Foto: Ascom / Cagece.
Berço de cultura e inúmeros talentos, o Ceará também tem sido destaque à nível nacional e internacional no mundo da moda. A Coleção Mosaico, criada pelo estilista cearense Kallil Nepomuceno em parceria com artesãs do programa Reciclocidades, da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), já brilhou nas passarelas da Santander Fashion Week, na Colômbia, e agora se prepara para estrear no Circuito Nacional Fashion Week, nesta quarta-feira (27), em Porto Alegre.
A proposta da coleção, criada a partir de materiais reaproveitados, é utilizar a moda como vitrine para falar sobre produção consciente, considerando que a indústria têxtil é uma das grandes consumidoras de água e a segunda mais poluente do planeta. As peças têm como principal característica cores vibrantes, designs ousados e muito bordado.
No circuito nacional, Mosaico percorrerá o Rio Grande do Sul, Tocantins, Santa Catarina, Maranhão, Bahia, Ribeirão Preto, Mato Grosso do Sul e Pernambuco. Além dos desfiles pelo Brasil, a arte do Ceará também já tem presença confirmada na Semana de Moda do Chile, em novembro deste ano.
“Nós estamos muito felizes e orgulhosos com os desfiles da coleção Mosaico no Circuito Nacional Fashion Week e cada vez mais impressionados com a repercussão que esse projeto vem ganhando, porque traz uma forma diferente de comunicar algo tão urgente sobre as nossas responsabilidades com o meio ambiente”, destaca Samara Silveira, coordenadora de Responsabilidade Social da Cagece.

Coleção inicia agenda de desfiles pelo Brasil nesta quarta (27). Foto: Ascom / Cagece.
As peças da coleção são produtos das oficinas produtivas realizadas em 2024 pelo programa Reciclocidades, em que as mulheres integrantes iniciaram um processo de troca de saberes e técnicas com Kallil e com o designer de produção Érico Gondim. Criado em 2009, a iniciativa tem como objetivo gerar trabalho e renda para mulheres em situação de vulnerabilidade social, por meio da transformação de resíduos sólidos em novos produtos que possam ser comercializados gerando renda.
“Aceitei esse desafio e confesso que estou apaixonado pelo mundo de possibilidades que os resíduos podem oferecer. Afinal, a moda pode, e deve, ser esse veículo de reflexão para novos hábitos. Em um planeta com recursos naturais cada vez mais escassos, repensar a forma de fazer moda é urgente!”, disse o estilista nas redes sociais.

Oficina realizada com o estilista cearense. Foto: Rayane Mainara.

