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Após repercussão nas redes sociais, confeiteira de Juazeiro do Norte conquista fila de clientes no Parque das Timbaúbas
Hoje, contando apenas com uma mesa de plástico para apoiar seus produtos, ela tem conquistado clientes ao vender todos os domingos na entrada do Parque das Timbaúbas.
Bruna Santos
Ana Paula aprender a fazer bolos e confeitar por meio de tutoriais na internet. Foto: Reprodução / Sub Celebrities Cariri.

O desejo de dar um bolo de unicórnio para comemorar o aniversário de 6 anos da sua filha foi o pontapé inicial para que a confeiteira Ana Paula, de Juazeiro do Norte, iniciasse sua trajetória na confecção de bolos decorados e tortas. Hoje, contando apenas com uma mesa de plástico para apoiar seus produtos, ela tem conquistado clientes ao vender todos os domingos na entrada do Parque das Timbaúbas.

O primeiro bolo, feito para uma de suas filhas ainda durante a pandemia, chamou a atenção dos familiares pelo sabor. “E daí eu fui maratonar uns vídeos na internet, a decoração não ficou boa mas todo mundo elogiou o sabor”, disse. A partir disso, começaram a surgir alguns pedidos, e o aprendizado foi vindo com a prática.

Mãe de três filhas, Ana Paula já experimentou outras profissões antes de seguir na confeitaria, entre elas como vendedora de roupas e calçados, babá e trabalhadora doméstica. “Já trabalhei em romaria vendendo calçados, botando banca com um barrigão (…) tanto que quando eu cheguei com a mercadoria no Dia de Finados, foi eu botando a mercadoria e indo para a maternidade”, relembrou.

O início de tudo

A ideia de vender bolos e tortas no local surgiu há pouco tempo. Inicialmente, ela tinha outro local em mente e esperava conseguir recursos para comprar a matéria-prima.

“Foi tão incrível porque eu só estava lá para vender minhas coisas. No domingo eu estava tão triste porque eu tinha feito três bolos e já era mais de 20h30 e eu não tinha vendido (…) Eu dizia: vou voltar para casa com os bolos, foi uma luta para trazer porque a gente leva de moto. Vai ser outra luta para levar, ainda tem a mesa, como é que vai ser?”, contou.

O impulso das vendas veio após uma página de notícias e entretenimento da região divulgar o trabalho delas, em forma de solidariedade. Segundo Ana Paula, ela nunca imaginou a repercussão, pois iniciou as vendas na primeira semana contando apenas com dois bancos; somente na semana seguinte conseguiu a mesa emprestada.

“Eu não esperava. Mas as palavras têm poder, né. Eu estava dizendo à minha menina: quando a gente estava lá — que a gente estava triste, não tinha vendido — a próxima vez… vai ter uma fila aqui”, comentou a confeiteira.

Recentemente, ela conseguiu autorização da Secretaria de Meio Ambiente e Serviços Públicas da cidade para comercializar os produtos de forma legal. Quando perguntada sobre os próximos passos, ela afirmou que eles “estão nas mãos de Deus, onde ele me direcionar, o que for da vontade dele”.

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