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“Por que dar pra terra comer o que pode servir para quem está na fila de transplante”, diz médica sobre doação de órgãos
A médica Lisiane Paiva, coordenadora do banco de órgãos do Instituto de Olhos de Fortaleza, ministrará uma palestra sobre o assunto em Barbalha.
Rogério Brito
Foto: Guto Vital/ Miséria

A Fundação Otília Corrêa Saraiva promove nesta semana um evento sobre doação de órgãos, em alusão ao Setembro Verde, mês dedicado à conscientização sobre o tema. A médica Lisiane Paiva, coordenadora do banco de órgãos do Instituto de Olhos de Fortaleza, ministrará uma palestra sobre a relevância do assunto e a necessidade de envolver familiares na decisão.

Segundo Lisiane, milhares de pessoas no Brasil aguardam na fila por transplantes de órgãos e tecidos, incluindo córneas. “A morte é a única certeza que nós temos na vida. Então, por que dar pra terra comer o que pode servir de remédio pra quem está na fila aguardando? Se hoje é alguém que eu não conheço, amanhã pode ser qualquer pessoa da nossa família”, afirmou.

Ela explicou que, no país, a autorização para doação depende exclusivamente da família do falecido. “A doação é consentida. Isso quer dizer que a família é que vai dizer sim ou vai dizer não. E quando a gente pede pra você falar, comunicar pra sua família, existe uma certa cultura no nosso país de não se falar da morte”, acrescentou.

A ação busca ainda preparar profissionais de saúde para lidar com situações de doação. O Setembro Verde é uma campanha nacional que estimula o debate sobre a importância da doação de órgãos, incentivando o diálogo familiar para que decisões solidárias possam ser respeitadas e transformem perdas em esperança para quem aguarda na fila de transplantes.

Assista a entrevista completa:

 

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