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Secretário destaca aumento de prisões e defende legislação mais rígida para conter facções no Cariri
A declaração foi feita em Juazeiro do Norte, durante a entrega da nova academia e do alojamento da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer).
Redação
Foto: Guto Vital/ TV Miséria

O secretário estadual de Segurança Pública, Roberto Sá, destacou nesta quarta-feira (24) o aumento das prisões de integrantes de facções criminosas no Cariri e defendeu mudanças na legislação penal para conter o avanço dessas organizações na região. A declaração foi feita em Juazeiro do Norte, durante a entrega da nova academia e do alojamento da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer).

Em relação a prisões de integrantes de facções, Sá destacou que o Ceará registrou 1.418 prisões de janeiro a agosto deste ano, aumento de 61,5%. No Cariri, o crescimento foi de 43%. Em Juazeiro do Norte, por exemplo, o número faccionados presos passou de 11 para 20. “Quase dobrou. É uma casuística baixa, a gente nem fala percentualmente, mas seria quase 100% de aumento”, disse.

Em entrevista ao Miséria, o secretário também citou o triplo homicídio registrado no último fim de semana, no bairro Timbaúbas, em Juazeiro do Norte, quando mãe, filha e uma adolescente foram mortas a tiros, e defendeu mudanças na legislação. De acordo com a Polícia Civil, o crime teve relação com disputa de territórios entre facções criminosas.

“Vimos o que aconteceu esse final de semana aqui com três mulheres indefesas, mas a polícia em 24 horas prendeu todos eles. Temos que ter legislações processuais penais e de execuções penais mais rigorosas para tratar esses criminosos, membros de ‘orcrim’, que tiram o sossego e a vida das pessoas. Não é um crime comum, é uma criminalidade organizada e violenta”, afirmou.

Sá destacou ainda medidas adotadas para conter o avanço das facções, como a criação de batalhões e companhias da Polícia Militar e delegacias seccionais da Polícia Civil. Também foi estruturado o Departamento de Repressão ao Crime Organizado (Draco), que reúne divisões especializadas como a Delegacia de Narcóticos, o Departamento de Homicídios, a Delegacia de Lavagem de Dinheiro.

A estratégia, segundo ele, busca atingir não apenas a base operacional das organizações criminosas, mas também seus níveis de articulação e financiamento. “Toda essa estrutura tem atuado muito fortemente para poder, além dos criminosos que estão na fase operacional do grupo, atingir o nível de articulação e a base financeira dessas organizações criminosas”, completou o secretário.

Assista a entrevista:

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