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Famílias acusam hospital de negligência médica após mortes de bebês no Crato
O caso mais recente envolve a bebê Sara, que nasceu sem vida após a mãe, grávida de risco, permanecer por horas em trabalho de parto.
Rogério Brito
Foto: Guto Vital/ Portal Miséria

Duas famílias denunciaram casos de negligência médica no Hospital São Camilo, no Crato, após a morte de bebês durante o parto. As famílias realizaram uma manifestação em frente à unidade nesta segunda-feira (29), cobrando justiça e providências das autoridades.

O caso mais recente envolve a bebê Sara, que nasceu sem vida após a mãe, grávida de risco, permanecer por horas em trabalho de parto, mesmo com a recomendação médica de realizar uma cesariana de urgência. Segundo familiares, um ultrassom feito um dia antes apontou a necessidade imediata do procedimento, mas o resultado teria sido ignorado pelo hospital.

A avó da criança, Gisélia, relatou que o coração da bebê ainda foi ouvido por volta das 2h da manhã, mas que, próximo das 5h, os batimentos cessaram. “Ela [a mãe] não estava mais aguentando de tanta dor. Quando foram ouvir o coração da criança, não tinha mais. O coração da criança tinha parado”, relatou.

A família contou ainda que a gestante havia procurado atendimento no hospital dias antes do parto, apresentando febre, dor de cabeça e vômitos, mas foi liberada sob suspeita de dengue. Segundo os relatos, ela chegou a ficar mais de 12 horas sem acompanhamento médico adequado.

Durante o protesto, outra família também denunciou um caso semelhante ocorrido há cinco meses. A tia da mãe relatou que sua sobrinha teve o útero rompido após esperar por atendimento. A médica responsável não teria realizado a cesariana necessária, afirmando que o plantão estava terminando. O bebê também nasceu sem vida.

Em nota, a unidade de saúde disse que a paciente foi encaminhada imediatamente para o centro cirúrgico após uma ultrassonografia evidenciar bradicardia fetal. “Às 5h25 foi constatado nascimento do feto sem sinais vitais. A equipe assistencial realizou manobras de reanimação neonatal, durante 12 minutos, mas sem sucesso”, diz a nota.

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