Na última quarta-feira (8), a Polícia Federal iniciou a Operação Woodtrack nos municípios de Crato, Barbalha, Brejo Santo e Araripe, com o objetivo de reprimir crimes e infrações ambientais na Área de Proteção Ambiental (APA) da Chapada do Araripe e em outras unidades federais de conservação no Ceará.

Durante a ação, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão em locais com indícios de desmatamento ilegal, além de serrarias e madeireiras com histórico de autuações ambientais. Também foram realizadas fiscalizações em áreas suspeitas de invasão de terras pertencentes ao Governo Federal, utilizadas irregularmente para fins de ocupação.

As investigações resultaram em autuações, apreensão de material florestal e embargo de atividades irregulares. Os investigados poderão responder por diversos crimes ambientais, entre eles: desmatamento ilegal, dano a unidades de conservação, depósito e comercialização de madeira sem licença, funcionamento de atividade potencialmente poluidora sem autorização e invasão de terras da União.

A operação é fruto de uma parceria entre o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a Secretaria de Patrimônio da União (SPU).

Combate aos crimes ambientais no Araripe

A deflagração da Woodtrack ocorreu em meio ao incêndio que atingiu a Floresta Nacional do Araripe (FLONA) desde a tarde da última segunda-feira (6), na região do Sítio Coqueiro, zona rural do Crato. O fogo, controlado na quarta-feira (8) após consumir cerca de 50 hectares da unidade de conservação, reforça a importância das ações de fiscalização e combate ao desmatamento ilegal na região.

O Comando da Brigada de Incêndio da Guarda Civil Metropolitana, a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros do Crato atuaram no combate às chamas, em articulação com os órgãos ambientais federais, para conter os danos e evitar novas áreas atingidas. Na última quarta-feira (8), o fogo foi declarado extinto pelas autoridades ambientais: “As equipes permanecem em campo realizando o monitoramento da área afetada para prevenir a ocorrência de novos focos”, declarou o Núcleo de Gestão Integrada (NGI) ICMBio Araripe, responsável pelas Unidades de Conservação Federais da região.