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Alunos de faculdade de Medicina em Juazeiro do Norte estariam sendo supervisionados por enfermeiros, denuncia sindicato
Conforme a denúncia, há casos em que os estudantes são supervisionados por enfermeiros durante atividades práticas de pré-natal e saúde da criança.
Rogério Brito
Edimar Fernandes
Edimar Fernandes - Foto: Guto Vital/ TV Miséria

O presidente do Sindicato dos Médicos do Ceará (Simece), Edimar Fernandes, comentou nesta quarta-feira (29) as denúncias feitas pela entidade sobre possíveis falhas na formação de estudantes da Faculdade de Medicina/Idomed, em Juazeiro do Norte. Segundo ele, há casos em que os estudantes são supervisionados por enfermeiros durante atividades práticas de pré-natal e saúde da criança.

“Tem muitas denúncias de que outros profissionais, que não são médicos, estão dando aula porque não há médicos suficientes. E muitos dos que estão, são desvalorizados. Alguns nem recebem ou ganham muito pouco. Falta incentivo para que o médico deixe o consultório ou o plantão para ensinar”, afirmou o dirigente em entrevista ao Miséria.

Fernandes também criticou a expansão de faculdades sem estrutura hospitalar própria. Segundo ele, algumas instituições disponibilizam apenas bonecos para aulas práticas. “Antigamente, a gente aprendia a fazer sutura, passar cateter, tudo em pessoas. Hoje, muitos treinam apenas em bonecos. Quando forem para a prática real, vão sentir extrema dificuldade”.

No último dia 8 de outubro, o sindicato pediu ao Conselho Regional de Medicina do Ceará (Cremec) que fiscalize a unidade de Juazeiro do Norte após denúncias.

“Somos contra a abertura das faculdades de medicina que não tenham seus hospitais próprios. Se cada faculdade tivesse o seu hospital, ambulatórios, centro cirúrgico, UTI e exames, a população sairia ganhando. Mas só levantam paredes para dar aula e mandam os alunos se virarem procurando local para ter prática”, completou Fernandes.

Assista a entrevista completa:

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