Romeiros que participam das romarias relataram dificuldades para encontrar hospedagem a preços acessíveis | Foto: Arquivo/ Portal Miséria/M1
Diante de denúncias de aumento nos preços de hospedagem e alimentação nos chamados “ranchos” durante as romarias em Juazeiro do Norte, o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Inovação (Sedetur), Wilson Soares, disse ao Miséria/M1 nesta quinta-feira (30) que a prefeitura está atuando para conscientizar os proprietários a não explorarem os fiéis.
Nas últimas semanas, romeiros que participam das romarias relataram dificuldades para encontrar hospedagem a preços acessíveis. Em alguns casos, pousadas e ranchos com estrutura modesta chegaram a cobrar até R$ 500 a diária, e fiéis acabaram dormindo em ônibus ou nas ruas por não conseguirem arcar com os custos.
Soares explicou que o município lançou um programa voltado para preparar pousadas e estabelecimentos no atendimento aos romeiros: o “Bem Vindo à Terra do Meu Padim”.
“Consiste justamente em preparar esses estabelecimentos na acolhida, do ponto de vista de receber bem esses romeiros, mas também de não explorar. Vamos dizer que ele está com sede no deserto, e o cara quer vender uma água 100 vezes o preço do que custa em um período normal. Isso não pode acontecer. Fica feio para a gente, do ponto de vista de cidade turística”, disse.
“A gente está indo atrás desses ranchos para tentar sensibilizar os proprietários desses estabelecimentos com esse intuito. Não é o último momento ali que ele tem para ganhar o dinheiro dele, ele pode estruturar, acolher bem, para poder criar um vínculo e uma fidelização desse romeiro”, acrescentou.
Lançamento de selo em 2026
Na semana passada, a Sedetur divulgou um levantamento apontando que as diárias em Juazeiro do Norte variam entre R$ 30 e R$ 100 por pessoa, dependendo do tipo de acomodação (individual, dupla, tripla, quádrupla ou suíte). Em muitos casos, o valor é dividido entre os membros das caravanas, conforme o número de pessoas e o tempo de estadia.
Na entrevista ao Miséria/M1, o secretário destacou ainda que a prefeitura pretende lançar no ano que vem um selo de qualidade para os estabelecimentos que participarem do programa e passarem por capacitação, tanto dos empresários quanto dos colaboradores. “O selo será uma forma de reconhecer e valorizar quem oferece um atendimento adequado e estruturado aos visitantes”, concluiu.
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