Moésio Loiola (PSB) e Solano Feitosa (PSB). | Foto: Reprodução Redes Sociais
A Justiça Eleitoral cassou, nesta sexta-feira (28), os mandatos do prefeito de Campos Sales, Moésio Loiola (PSB), e do vice-prefeito, Solano Feitosa (PSB), após reconhecer práticas de compra de votos e abuso de poder econômico nas eleições municipais de 2024. A decisão também torna ambos inelegíveis por oito anos. Ainda cabe recurso.
Na decisão, o magistrado declara nulos os votos atribuídos à chapa vencedora e aplica uma multa de 25 mil Unidades de Referência Fiscal (Ufir), equivalente a mais de R$ 150 mil conforme o Ufirce vigente. O valor deverá ser pago individualmente por Moésio e pelos dois empresários apontados como participantes do esquema.
Com o trânsito em julgado, a Prefeitura deverá ser assumida provisoriamente pelo presidente da Câmara Municipal, até a convocação de novas eleições.
Esquema envolvia empresários ligados à campanha
A cassação teve origem em uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), proposta pela coligação adversária, que apontava que dois empresários próximos à campanha dos gestores coordenaram um esquema de compra de votos.
Segundo o Ministério Público Eleitoral (MPE), houve distribuição de cestas básicas, dinheiro em espécie e por Pix, serviços médicos, pagamento de contas, materiais de construção e até carradas de água para eleitores, especialmente em áreas rurais.
Os dois empresários chegaram a ser presos em flagrante na madrugada do dia do pleito, portando dinheiro e material de campanha dos candidatos.

