Encontro com moradores do conjunto Nassau para tratar da desocupação. | Foto: Guto Vital/Portal M1
O prefeito de Barbalha, Guilherme Saraiva (PT), se reuniu com moradores do conjunto Nassau para tratar da desocupação de imóveis construídos em uma área considerada de alto risco. O conjunto fica às margens da CE-060, rodovia que liga Barbalha a Jardim, e sofre com processos de erosão que ameaçam casas e famílias.
Em entrevista ao Portal Miséria/M1, o prefeito destacou que o problema existe há mais de duas décadas e se agravou nos últimos anos. Com a proximidade do período chuvoso, o município pretende acelerar as medidas para evitar desabamentos e garantir a segurança da população. “A nossa preocupação é resolver antes das chuvas, para não correr risco de desabamento. A ideia é que as pessoas que estão nas casas que correm risco tenham um aluguel social em outro local”, afirmou.
Além do aluguel social, a prefeitura apresentou diversas alternativas aos moradores, já que as demandas variam entre as famílias: como doação de terrenos e, em alguns casos, entrega de um imóvel definitivo, com escritura. Um novo encontro deve ocorrer ainda nesta semana com representantes da comunidade e o advogado que acompanha o grupo.
Aluguel social
Parte dos moradores demonstrou preocupação com o aluguel social, sobretudo os inquilinos, que alegam receio de que proprietários se recusem a disponibilizar imóveis para o programa. O prefeito afirmou que o município fará ajustes para dar mais segurança ao processo:
“Vamos aumentar o valor do aluguel social para facilitar a negociação e pagar a primeira parcela logo após a assinatura do contrato. Vamos também reduzir burocracias, porque muitas pessoas só têm documento de compra e venda, não escritura. Isso permitirá ampliar a oferta de imóveis”, completou Saraiva.
Por que a contenção não será feita agora?
O prefeito também explicou o motivo da construção de um muro de arrimo no local não ser feito agora. Segundo ele, a construção custaria cerca de R$ 4,5 milhões, recurso que o município ainda não possui. Tentativas anteriores de captar verba para a obra, por meio da Codevasf, não avançaram porque o órgão não pode executar esse tipo de intervenção.
A alternativa estudada é a construção de um talude, estimado entre R$ 300 mil e R$ 400 mil, que só poderá ser feito após a saída dos moradores. A solução, segundo o gestor, é mais viável financeiramente e permitirá estabilizar o terreno.
Destino das casas e urbanização da área
As casas localizadas na área de risco não poderão voltar a ser ocupadas. O município pretende demolir as estruturas necessárias e construir o talude. No topo da área, a proposta inclui a criação de um calçadão, plantio de árvores e outras ações de urbanização.
O objetivo é evitar novas ocupações irregulares e reorganizar o espaço após a retirada das famílias.
Assista a entrevista completa:
Ver essa foto no Instagram

