Marcone Tavares, prefeito de Aurora, e o presidente da Câmara, Osasco Gonçalves | Fotos: Reprodução
O prefeito de Aurora, Marcone Tavares, culpou na última segunda-feira (29) o presidente da Câmara Municipal, vereador Osasco Gonçalves, pelo não pagamento antecipado dos servidores municipais no mês de dezembro. A situação provocou uma troca de acusações nas redes sociais entre os dois gestores, que pertencem ao mesmo partido, o PT.
Em vídeo, Marcone explicou que o município vinha, ao longo do ano, realizando os pagamentos ainda dentro do mês trabalhado, mas que, para dezembro, seria necessária a aprovação de uma suplementação orçamentária de R$ 14 milhões, que não se pautou pelo presidente da Casa.
“Fizemos esse pedido no início de novembro, já prevendo que era necessário alterar o orçamento para que o município pudesse cumprir os compromissos. [Osasco] tirou o direito do servidor de receber dentro do mês. Eu não sabia que esse comportamento de pagar dentro do mês incomodava tanto”, afirmou.
Ver essa foto no Instagram
Osasco, por sua vez, chamou Marcone de mentiroso e disse que o gestor tenta confundir a população “com informações controversas”. Também em vídeo divulgado nas redes sociais, o vereador afirmou que a proposta carece de transparência e contrasta com gastos recentes do município, como o investimento de R$ 1 milhão com bandas na festa do município.
“Não traz as transparências que o Legislativo exige. Quando o senhor remanejou milhões para a festa do município, não priorizou os servidores, não pensou nos servidores. Aí agora está usando os servidores, mentindo. O senhor está mentindo, prefeito. Eu estou devolvendo mais uma vez esse projeto. Já recebi duas vezes”, disse Osasco.
Ver essa foto no Instagram
Entenda
A suplementação orçamentária é um instrumento legal que permite ao Poder Executivo reforçar dotações do orçamento já aprovado, quando os recursos previstos inicialmente se mostram insuficientes para cobrir determinadas despesas. Para entrar em vigor, a suplementação precisa de autorização da Câmara Municipal, por meio de projeto de lei, indicando a origem dos recursos e garantindo o equilíbrio das contas públicas.

