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Política

Alan Clyverton

Alan Clyverton é graduado em Jornalismo pela Universidade Federal do Cariri (UFCA). Possui passagens por pesquisas nas áreas de Telejornalismo, Convergência Digital e Política. Atuou como redator e roteirista em campanhas políticas. Desde março de 2021, jornalista de Política do Site Miséria.

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Alan Clyverton

Yanne Vieira é jornalista formada pela Universidade Federal do Cariri (UFCA). Possui pesquisas desenvolvidas nas áreas de Jornalismo Ambiental, Meio Ambiente e Ciência, com foco no território do Geopark Araripe. Desde outubro de 2021, jornalista do Site Miséria.

As atenções de Izolda Cela
Se for de fato para as urnas, Izolda vai ter de dar o nome na área da Segurança Pública, que vai ser o peixe-mór da campanha de Capitão Wagner
Foto: Helene Santos

O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), tem até o próximo sábado (2) para renunciar ao cargo e poder disputar uma vaga para o Senado em outubro. A legislação brasileira exige que o político no exercício do cargo o deixe para concorrer a outro até 6 meses antes da data do pleito.

Pela obviedade hierárquica, a vice-governadora Izolda Cela (PDT) assume em seu lugar. Ela vai ser a primeira governadora do Ceará, mas isso você já sabe.

A primeira vez que a psicóloga de 61 anos assumiu o comando do governo do estado foi em agosto de 2015, quando o governador Camilo Santana viajou com a família para os Estados Unidos.

Maria Izolda Cela de Arruda Coelho nasceu em Sobral e é casada com o advogado Veveu Arruda, ex-prefeito de sua terra natal.

Izolda é filiada ao partido comandado pela toda poderosa família de Sobral: PDT.

Entretanto, agora é para valer. Algumas atenções devem ser observadas pela nova governadora.

A primeira, basicamente, é não ser poste.

Ainda que já tivesse longa carreira na política, Camilo foi considerado um quando surgiu candidato em 2014. Ao longo dos anos, ainda que seguindo fielmente a cartilha dos FG, mostrou personalidade e hoje já nem precisa de padrinho para aparecer forte na cena.

Izolda terá muito menos tempo. Mais precisamente 6 meses. Isso se for concorrer à reeleição, o que vai exigir dela muito mais pela campanha.

A nova governadora vai ter de mostrar o Izolda Way, já que estes meses de governo até agosto serão decisivos para a indicação ou não de seu nome à sucessão. E é aí que entra a atenção número 2: malemolência.

Izolda é vista com simpatia no PT cearense. O PT que eu digo é o de Luizianne Lins, não o de Camilo. A vice-governadora chegou a se encontrar com a deputada federal no último mês de fevereiro. Ainda que a lôra prefira uma chapa encabeçada por um petista, considera Cela “leve”. Este trânsito para ela será bom para acalmar os ânimos, e tem de ser usado para outros partidos.

A terceira atenção é combater de fato a insegurança pública, o “Calcanhar de Aquiles” do Governo do Estado. Além de distribuir bases do CPRaio, fardamentos e novas viaturas, a nova gestão estadual vai ter de mostrar resultados nos gráficos.

Se for de fato para as urnas, Izolda vai ter de dar o nome na área da Segurança Pública, que vai ser o peixe-mór da campanha de Capitão Wagner.

Por hora, enquanto as eleições não chegam, Izolda faz história. Atualmente, o Brasil só tem uma governadora: Fátima Bezerra (PT), do Rio Grande do Norte. Cenário deprimente em pleno século XXI.

Izolda não estará isenta de críticas, nem muito menos de ataques, principalmente quando confirmada candidata. Como sempre foi muito discreta e não está envolta em polêmicas, a oposição pode até ficar desarmada e acuada, preferindo evitar a taxação de “misógina”.

Ainda assim, não está isenta. As articulações da oposição seguem, e o capitão tá com sede.

Izolda vai ter de ter manha e personalidade. O auxílio dos FG e da publicidade institucional é muito, mas não o suficiente.

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