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Ser desprendido e olhar para si: um remédio contra ansiedade

O termo “era da ansiedade” já foi utilizado outras vezes, mas é possível que o advento das mídias sociais e o estilo de vida multi-conectado esteja nos inserindo dentro de um período histórico arriscadamente sem volta, caso não façamos uma autocrítica e comecemos a colocar freios nos automatismos da atualidade (ou da pós-modernidade como diria Zygmunt Bauman).

Vivemos cercados de inúmeros estímulos, muitas demandas, saturados de informações, bombardeados por propostas audaciosas de corpos perfeitos, de alimentação saudável, de sucesso profissional e pessoal e, mesmo que não desenvolvamos um quadro clínico de transtorno de ansiedade, somos quase que intimados a uma busca frenética e constante de satisfações que ao final são passageiras.

Olhamos o Insta, o Face, o Twitter, o WhatsApp, precisamos responder a todos, observar o que falam a respeito de alguém ou de nós mesmos, saber se estamos em dia com as novas tendências, enfim, é uma “noia” do enquadrar-se. A dinâmica dos meios de produção é algo sobre-humano, então sempre que tentarmos acompanhar, estaremos lutando contra as nossas capacidades psíquicas. Nosso cérebro não funciona apenas às custas de nossas relações, mas existe uma química que nele atua e que está intimamente ligada às nossas reações.

Para completar, já se sabe que as relações e o meio são fatores de enorme influência nessa química, logo vivemos numa intensa troca, numa interação constante do funcionamento cerebral com a loucura da vida moderna. É preciso parar, se distanciar um pouco e olhar com uma crítica apurada quanto ao preço que estamos dispostos a pagar. Não se importar tanto com o que esperam, com o “olhar torto” do outro sobre você. Repensar quanto às exigências nos inúmeros âmbitos da vida. É mesmo tão valioso e indispensável o sucesso em tudo que se faz? Ser desprendido nunca foi tão importante. Caso contrário, a era da ansiedade se estenderá pela eternidade.

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+ de Dr. Thiago Macedo
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