Nesse ir e vir reafirmo o movimento pendular da vida. Nada é estático ou cumpre com a permanência (ou a vida permanece e não nos damos conta?). A existência oscila, não fica, nem apenas vai, passeia entre as pontas.

Na transitoriedade mora o sofrimento, a angústia, o incômodo, o desencontro, a incerteza, a promessa, mas também o êxtase, a alegria, o gozo, a realização, o encontro, a felicidade que nunca é plena.

Enquanto humanos prendemos a vida ao conceito de civilização (ledo engano!). Quanta pretensão a nossa de se colocar como síntese do universo, como resultado único da equação que abrange todo o tempo e espaço que nos envolvem.

Somos parte e nunca todo, somos pedaços e nunca inteiros, somos processo, construção, obras-primas inacabadas.

Não há sentido feito, nem história pronta. Há um infinito a se articular, mas de antemão é preciso se lançar.

Abrir os olhos logo cedo é um convite para participar dessa aventura.

Te encontro no caminho.