Depois de dias com pedido de prisão em aberto, o ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro (PL) e ex-secretário de Segurança Pública de Brasília, Anderson Torres, foi preso por agentes da Polícia Federal na manhã deste sábado (14). Torres foi preso no momento em que desembarcou em Brasília, ele estava em viagem com a família aos Estados Unidos.

O decretamento da prisão dele foi um pedido da Advocacia Geral da União atendido por Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal, e posteriormente confirmada pelo Plenário da corte. A base da solicitação considera que Anderson Torres foi omisso e complacente com os atos antidemocráticos do último domingo (8).

Indica-se que o ex-ministro comprou a passagem de volta ao Brasil usando apenas os dois primeiros nomes: Anderson Gustavo. O objetivo desse fato era não ser identificado inicialmente como o alvo do pedido de prisão em aberto no Brasil.

Salienta-se, ainda, quw a conduta de Torres à frente da Secretaria de Segurança Pública do DF levou a sua exoneração ainda no domingo (8). Em seguida, o próprio governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB) foi afastado do cargo por 90 dias, em decisão tomada pelo STF.

Apesar de ser no período o responsável pela segurança dos prédios e áreas públicas atacadas há uma semana, Torres nega que as cenas vistas de policiais confraternizando com os terroristas, e declarações de membros do gabinete da secretaria afirmando que tudo corria com tranquilidade signifiquem conivência.