O decreto publicado pelo governo do Ceará no início da noite do último sábado (10) frustrou as expectativas de diversos setores da economia cearense, que seguem com funcionamento vedado pelo novo documento. Dentre estes, destaca-se o das academias, que estava otimista com a expectativa da retomada.

Conforme balanço do Sindicato das Empresas de Condicionamento Físico do Estado do Ceará (Sindifit-CE), mais de 500 academias já fecharam as portas no Ceará nos últimos 12 meses.

Representantes do setor já haviam se encontrado com o governo estadual, e isso teria gerado uma expectativa em empresários e funcionários da categoria, que agora se veem decepcionados.

Rani Bandeira, 34 anos, é graduada em Educação Física pelo Instituto Federal do Ceará (IFCE) e sócia proprietária da academia Fit Saúde, localizada na rua São Bento, bairro Franciscanos. Ela lamenta a decisão do governo estadual e afirma que recebeu a notícia da manutenção da proibição com tristeza. “Infelizmente a gente recebe essa notícia triste, por conta que a atividade física é essencial para a saúde, inclusive no combate ao próprio Covid-19”.

Como empresária, Rani lamenta que o novo decreto estadual proíba o funcionamento de seu negócio. “Recebo triste também porque afeta nossa classe. Tanto como personal, tanto como empresária. E também como professora”, afirma.

“O governador tem que entender que quando a gente volta, não é como antes. Temos álcool, temos toda a proteção do tapete, do termômetro. Desde quando voltamos da outra vez, após o primeiro lockdown, a gente atende a todos os cuidados. Só entra e permanece na academia com máscara”, conclui a profissional.

Segundo o novo decreto, as medidas de isolamento social, incluso a proibição de funcionamento das academias, permanecerão em vigor até o próximo dia 18 de abril.