Foto: Barbara Anne
O artista Davi Mota, conhecido como Palhaço Currulepe, foi um dos grandes destaques da fase nacional do XXIII Festival de Artes Cênicas (FACE), realizada em Conselheiro Lafaiete, município de Minas Gerais. Concorrendo na categoria Arte de Rua, o artista caririense venceu cinco das seis categorias em que foi indicado: Melhor Figurino, Melhor Maquiagem, Melhor Ator, Prêmio Popular do Júri e Melhor Espetáculo.
Os prêmios foram conquistados com o espetáculo “O número mais difícil do circo”, apresentado na Praça Tiradentes no último sábado (26), durante a fase nacional do festival. O evento reuniu artistas de diversas partes do Brasil entre os dias 23 e 27 de julho. Antes disso, de 18 a 22, ocorreu a fase regional, voltada exclusivamente para grupos da região mineira.
“Ficar entre os indicados já era uma grande honra, mas conquistar o reconhecimento do júri popular e levar o prêmio de Melhor Espetáculo de Rua foi emocionante. Só não vencemos a categoria de Melhor Sonoplastia, mas saímos muito felizes com o resultado”, comentou Davi Mota.
Além do FACE, o artista também está participando do 40° Festival de Cultura Popular do Vale do Jequitinhonha (Festivale), que ocorre de 27 de julho a 2 de agosto, em Diamantina (MG). No evento, Davi ministra a oficina Circo de Cultura: do Cariri ao Jequitinhonha, com o objetivo de promover um intercâmbio cultural entre as regiões.
“Eu quis levar um pouco da nossa cultura do Cariri e conhecer um pouco da cultura do Jequitinhonha, que também é uma região muito rica culturalmente (…), então a gente queria fazer do circo uma ferramenta de junção de culturas através da arte circense”, explicou.
Sobre “O número mais difícil do circo”

Foto: Barbara Anne
O espetáculo tem duração de 50 minutos e apresenta o Palhaço Currulepe, um artista talentoso que, por meio de uma costura de números envolvendo música, malabares, equilíbrio e palhaçadas, convida o público a assistir à sua grande promessa inicial: executar, diante dos olhares atentos da plateia, o número mais difícil do circo.
A montagem já circulou pelos principais centros culturais do Cariri cearense e em mostras e festivais realizados nos estados do Ceará, Paraíba, São Paulo, Rio Grande do Norte e Bahia.
“O espetáculo surgiu a partir da minha experiência como artista de rua, misturando números de palhaçaria e habilidades circenses, como malabares, perna de pau e prato chinês. Busco trazer uma reflexão acerca da valorização do trabalho do artista de rua”, explica Davi Mota.

