A cadela Bia, atacada com um pedaço de madeira no bairro Lagoa Seca | Fotos: Reprodução
A sequência de casos de maus-tratos contra animais registrada nas últimas semanas em Juazeiro do Norte acendeu um alerta e levou à intensificação das ações de fiscalização e conscientização no município. A atuação tem reunido órgãos públicos e entidades da sociedade civil, como a Coordenadoria de Bem-Estar Animal e a Comissão de Direito da Defesa dos Animais da OAB local.
A coordenadora de Bem-Estar Animal, Iorrany Callou, disse à TV Miséria/M1 que as denúncias recebidas são apuradas em conjunto com as forças de Segurança Pública. “Os casos são averiguados. Quando existe um sofrimento animal, quando existe algum risco à vida do animal, a gente atua diretamente com a segurança para que haja fiscalização e punição”, explicou.
Entre os episódios mais recentes, está o caso de um cachorro que foi queimado vivo e sobreviveu após ser resgatado por protetores. O animal passou por cirurgia e permanece sob cuidados veterinários. Outro caso envolveu cães encontrados mortos no aterro controlado da cidade. Sobre esse episódio, Iorrany relatou que houve perícia e encaminhamento do caso às autoridades.
“Foi feito o recolhimento do cadáver do animal, feito a perícia, confirmado a questão dos maus-tratos e, a partir daí, a coordenação entra em contato com a Amaju para que a gente possa regularizar a questão de trânsito no aterro sanitário, dos catadores, dos recicladores, para que a gente diminua esses casos e consiga punir quem fez diretamente isso”, detalhou.
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A advogada Amanda Borges, da Comissão de Direito da Defesa dos Animais da OAB Juazeiro do Norte, destacou que o combate à violência também depende da participação da população. “É um trabalho de conscientização para a população em relação às leis, o conhecimento dessa legislação que protege os animais. Tanto em âmbito federal, estadual e municipal”, explicou.
Em outubro último, outro caso mobilizou a cidade. A cadela Bia, atacada com um pedaço de madeira no bairro Lagoa Seca, chegou a ser dada como morta, mas foi encontrada viva e encaminhada a uma clínica veterinária. O agressor, de 27 anos, teve a prisão em flagrante convertida em temporária.
“A gente precisa que a população nos ajude, que traga essa denúncia para que a gente leve às autoridades e tenha essas pessoas realmente chegando a cumprir uma pena”, completou Amanda Borges.
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