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Prefeito de Barbalha negocia com moradores desocupação de área de risco no conjunto Nassau
A medida ocorre devido ao avanço da erosão do terreno, um problema identificado há mais de duas décadas.
Nathalie Fernandes
Reunião da Prefeitura de Barbalha com Moradores do Conjunto Nassau.
Encontro com moradores do conjunto Nassau para tratar da desocupação. | Foto: Guto Vital/Portal M1

O prefeito de Barbalha, Guilherme Saraiva (PT), se reuniu com moradores do conjunto Nassau para tratar da desocupação de imóveis construídos em uma área considerada de alto risco. O conjunto fica às margens da CE-060, rodovia que liga Barbalha a Jardim, e sofre com processos de erosão que ameaçam casas e famílias.

Em entrevista ao Portal Miséria/M1, o prefeito destacou que o problema existe há mais de duas décadas e se agravou nos últimos anos. Com a proximidade do período chuvoso, o município pretende acelerar as medidas para evitar desabamentos e garantir a segurança da população. “A nossa preocupação é resolver antes das chuvas, para não correr risco de desabamento. A ideia é que as pessoas que estão nas casas que correm risco tenham um aluguel social em outro local”, afirmou.

Além do aluguel social, a prefeitura apresentou diversas alternativas aos moradores, já que as demandas variam entre as famílias: como doação de terrenos e, em alguns casos, entrega de um imóvel definitivo, com escritura. Um novo encontro deve ocorrer ainda nesta semana com representantes da comunidade e o advogado que acompanha o grupo.

Aluguel social

Parte dos moradores demonstrou preocupação com o aluguel social, sobretudo os inquilinos, que alegam receio de que proprietários se recusem a disponibilizar imóveis para o programa. O prefeito afirmou que o município fará ajustes para dar mais segurança ao processo:

“Vamos aumentar o valor do aluguel social para facilitar a negociação e pagar a primeira parcela logo após a assinatura do contrato. Vamos também reduzir burocracias, porque muitas pessoas só têm documento de compra e venda, não escritura. Isso permitirá ampliar a oferta de imóveis”, completou Saraiva.

Por que a contenção não será feita agora?

O prefeito também explicou o motivo da construção de um muro de arrimo no local não ser feito agora. Segundo ele, a construção custaria cerca de R$ 4,5 milhões, recurso que o município ainda não possui. Tentativas anteriores de captar verba para a obra, por meio da Codevasf, não avançaram porque o órgão não pode executar esse tipo de intervenção.

A alternativa estudada é a construção de um talude, estimado entre R$ 300 mil e R$ 400 mil, que só poderá ser feito após a saída dos moradores. A solução, segundo o gestor, é mais viável financeiramente e permitirá estabilizar o terreno.

Destino das casas e urbanização da área

As casas localizadas na área de risco não poderão voltar a ser ocupadas. O município pretende demolir as estruturas necessárias e construir o talude. No topo da área, a proposta inclui a criação de um calçadão, plantio de árvores e outras ações de urbanização.

O objetivo é evitar novas ocupações irregulares e reorganizar o espaço após a retirada das famílias.

Assista a entrevista completa:

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