
Seu Antonio Gondim morreu no dia 31 de julho de 2016 em Barbalha (Foto: Arquivo pessoal)
Como forma de homenagem póstuma o Site Miséria lembra exatos cinco anos da morte do empresário Antonio Gondim Sampaio, que transcorre neste sábado. Ele morreu aos 97 anos no dia 31 de julho de 2016 em sua terra natal: Barbalha. Seu Antonio Gondim ali nasceu no dia 23 de setembro de 1919 e, por muito tempo, foi autorizado da Ford com a concessionária de veículos Crajubar em Juazeiro. O mesmo se tornou um dos grandes lutadores pelas causas mais importantes do Cariri.
Nesse contexto esteve junto de outras importantes lideranças empresariais da região a exemplo do seu conterrâneo Antonio Correia Celestino. Era filho de José Sampaio Primo e Maria Garcia Gondim e foi casado com Maria Zuíla Couto Gondim a qual faleceu aos 101 anos. Do casamento, nasceram quatro filhos, sendo que o primogênito, e também empresário, José Ilânio Couto Gondim morreu em São Paulo com apenas 40 anos em fevereiro de 1982.
Na sequência, o professor aposentado da URCA (Universidade Regional do Cariri), Aníbal Couto Gondim; residente em Juazeiro; o Engenheiro Eletrônico Frederico Couto Gondim, que mora em Salvador (BA) e a Psicóloga Claudia Couto Gondim da Rocha, moradora de Barbalha. Seu Antonio jamais perdeu de vistas o seu hobby como colecionador de relógios e foi fundador e diretor da Rádio Cetama de Barbalha, hoje pertencente ao Grupo Edson Queiroz.
O pensamento da família era escrever um livro sobre a história do pai para lançar no centenário do seu nascimento, mas ele morreu três anos antes. No ano de 1938, quando estudante, se tornou um apaixonado pelo Integralismo passando a frequentar a sede, ouvir palestras, ler jornais e revistas sobre o movimento. Aos 21 anos prestou juramento como integralista e, após o fim do movimento, em 1937, se afastou da política até a fundação do Partido de Representação Popular (PRP) ao qual se filiou.
O primeiro contato com o líder da agremiação, Plínio Salgado, se deu em Fortaleza, no ano de 1949 em campanha pelo PRP, quando colaborou nos preparativos da conferência que o Partido Comunista (PC) ameaçava tumultuar. Na época, Seu Antonio Gondim fez injunções em nome da segurança do evento tendo recorrido ao apoio da Imprensa e da polícia junto de outros correligionários.
Foi um dos grandes entusiastas da campanha de Plínio Salgado à presidência da República na década de 50 até promovendo carreatas naquela época. Em 1956, Plínio atendeu convite e veio ao Cariri quando, acompanhado de Antonio Gondim e outras lideranças políticas, visitou Barbalha, Juazeiro e Crato como candidato do PRP a Presidente da República. Ele próprio fez a cobertura fotográfica durante os três dias que considerou inesquecíveis, pois o via como homem “de rara inteligência”.