A região do Cariri recebeu o Censo dos Tesouros Vivos da Cultura, promovido pelo Centro Cultural do Cariri Sérvulo Esmeraldo. Entre maio e junho deste ano, mais de 40 entrevistas foram realizadas em 11 cidades da região, com o objetivo de mapear e atualizar informações sobre mestres, mestras, grupos e coletividades reconhecidos, para o fortalecimento da política dos Tesouros Vivos da Cultura do Ceará.

O levantamento contemplou os municípios de Crato, Juazeiro do Norte, Barbalha, Nova Olinda, Potengi, Assaré, Tarrafas, Aurora, Mauriti, Porteiras e Missão Velha. A pesquisa coletou dados sobre identificação, religião e/ou culto, escolaridade, saúde, habitação, trabalho, renda e os modos de transmissão dos saberes tradicionais.

“A pesquisa tem como objetivo mapear as condições de vida, o acesso a direitos, os desafios e as necessidades desses mestres e mestras, para que a Secretaria da Cultura, possa, de forma concreta, fortalecer e qualificar a Política dos Tesouros Vivos do Ceará”, explica Jaiane Cruz Sousa, autora do Censo e coordenadora pedagógica da Casa de Antônio Conselheiro.

Segundo o Centro Cultural, os resultados do Censo serão apresentados durante o Mestres do Mundo 2025, em um momento público com os tesouros vivos, instituições parceiras e a comunidade em geral.

Política dos Tesouros Vivos da Cultura

Com mais de duas décadas de existência, o Registro dos Mestres da Cultura Tradicional Popular (Lei 13.351/2003) é uma iniciativa que reconhece e fomenta os saberes e fazeres tradicionais das culturas populares. 

O aprimoramento da política veio com a Lei Estadual 13.842, de 27 de novembro de 2006, que instituiu o registro oficial dos Tesouros Vivos da Cultura no Ceará, reconhecendo mestres, mestras, grupos e coletividades como guardiões de expressões culturais da memória e identidade do povo cearense.