
Fotos: Yanne Vieira
Na manhã desta quinta-feira (22), o fóssil do dinossauro Ubirajara jubatus foi apresentado à sociedade na sede do Geopark Araripe, em Crato. A peça foi repatriada da Alemanha após ter sido retirada da Bacia do Araripe de forma ilegal e deve ficar exposta no Museu de Paleontologia de Santana do Cariri.
Na ocasião, o reitor da Universidade Regional do Cariri (URCA), Francisco de O’ Lima Júnior, pontuou que o momento reforça a popularização da ciência e que a peça estará disponível para escolas e estudantes, “o povo do Araripe tem que conhecer esse fóssil”, disse.
Antes de apresentar o fóssil, o diretor do Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, Allysson Pinheiro, afirmou que mais 45 fósseis acabaram de ser autorizados para o processo de repatriação da França para o Brasil.
A cerimônia foi centrada na importância da informação e na necessidade do apoio do poder público, tanto no processo de repatriação quanto na educação patrimonial.
O pró-reitor de pós-graduação e pesquisa da Urca, Edson Soares Martins, pontuou que a peça faz parte da identidade cultural do Cariri, “não poderia estar em outro endereço”, disse.
A peça vai ficar exposta durante 4 dias na sede do Geopark Araripe.

Foto: Yanne Vieira
Sobre o Ubirajara
Após 3 anos de negociações, intervenção do Ministério Público, e mobilização nas redes sociais, o fóssil do Ubirajara jubatus, primeiro dinossauro não-aviário com estruturas semelhantes a penas encontrado na América do Sul, retornou ao Cariri.
A espécie viveu há 110 milhões de anos, na região da Bacia do Araripe, e foi retirado do Brasil nos anos 1990, o fóssil estava no Museu Estadual de História Natural Karlsruhe, na Alemanha.