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Cineastas do Cariri participam do I Festival de Cinema Ceará Voador
Três produções da região foram selecionadas para o evento, sendo duas para a mostra competitiva de curtas-metragens e uma exibida como longa-metragem, fora da competição.
Bruna Santos
‘Todas as vidas de Telma’, de Adriana Botelho. Foto: Divulgação.

Cineastas do Cariri participam da primeira edição do Festival Ceará Voador de Cinema, que acontece em Fortaleza até sábado (10). Três produções da região foram selecionadas para o evento, sendo duas para a mostra competitiva de curtas-metragens e uma exibida como longa-metragem, fora da competição.

Um dos curtas é o filme Faísca, de Bárbara Matias Kariri, da cidade do Crato. Com 12 minutos de duração, a obra pertence ao gênero ficção-performática-indígena. Na produção, a cineasta narra a história de quatro mulheres de diferentes gerações que, após um conflito familiar, se reencontram e desenterram um segredo ancestral. Aos poucos, revelações profundas transformam suas vidas. O passado retorna para guiá-las em um caminho de cura e pertencimento.

Faísca, de Bárbara Matias Kariri. Foto: Divulgação.

Também na disputa está o curta Linhas de Soco, dirigido por Rafael, de Juazeiro do Norte. Lançado em 2024, o filme tem 20 minutos e retrata a cultura das batalhas de rima no Cariri cearense, com depoimentos de artistas que constroem a cena do rap na região. Mesmo com participações em eventos de alcance nacional, os entrevistados relatam a ausência de apoio e incentivo ao movimento como expressão social, cultural e política.

Gravação do curta que aborda a cena rap no Cariri. Foto: Reprodução / Instagram Linhas de Soco.

Já o longa-metragem Todas as vidas de Telma’, de Adriana Botelho, também de Juazeiro do Norte, será exibido fora da mostra competitiva. Com 72 minutos de duração, o docuficção acompanha Ana, que viaja ao Crato para realizar uma pesquisa sobre a fotógrafa Telma Saraiva. Em sua jornada, revisita imagens e memórias em busca de significados e reconexões com suas origens.

‘Todas as vidas de Telma’, de Adriana Botelho. Foto: Divulgação.

O cinema cearense está voando longe, se destacando nos festivais nacionais e internacionais, ganhando prêmios. A gente acredita muito no cinema e na educação cearense, exemplos pro Brasil todo. A arte produzida no Ceará é uma pauta cada vez mais importante, sem nenhuma restrição ao que é feito fora, mas com a missão de mostrar o que temos aqui“, ressalta Sara Síntique, diretora do festival.

 

Sobre o Festival Ceará Voador

Idealizado e dirigido por Sara Síntique, escritora, atriz, gestora e produtora cultural, o Festival Ceará Voador propõe uma experiência voltada à democratização do acesso ao cinema, com foco em públicos que têm pouco contato com salas de exibição.

A programação valoriza o audiovisual cearense e promove reflexões sobre a produção cinematográfica no estado, com debates após cada sessão. O festival teve início na última segunda-feira (5), com a realização de oficinas. As exibições dos filmes selecionados ocorrem nos dias 8, 9 e 10 de maio, incluindo dois longas-metragens e os 15 curtas da Mostra Competitiva, que contará com premiação.

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