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Cultura no Cariri lembra hoje 5 anos da morte do Mestre Bigode em Juazeiro do Norte
Como forma de homenagem póstuma, o Site Miséria lembra exatos cinco anos da morte do artista Manoel Antônio da Silva
Demontier Tenório
Mestre Bigode era muito conhecido e querido em Juazeiro do Norte (Foto: Reprodução)

Como forma de homenagem póstuma, o Site Miséria lembra exatos cinco anos da morte do artista Manoel Antônio da Silva, o “Mestre Bigode”, que transcorre nesta sexta-feira. Ele nasceu no dia 4 de julho de 1923 e faleceu aos 94 anos no dia 12 de agosto de 2017 na condição de Mestre da Cultura Popular. O mesmo integrou grupos de tradição do Maneiro-pau e foi um dos pioneiros na arte do bacamarte quando chegou a fundar o Grupo de Bacamarteiros Padre Cícero.

Mestre Bigode começou a alegrar as festas da padroeira Nossa Senhora das Dores e o imaginário popular da região do Cariri no ano de 1942. Na década de 70, criou o grupo de bacamarteiros responsável por animar festas populares com grandes salvas de tiros e sempre participou dos Encontros Mestres do Mundo para mostrar o saber tradicional e valorizar o artista popular. Ele recorreu à dança “maneiro pau”, contribuindo para perpetuar advindo o reconhecimento das comunidades.

Adotou elementos da estética sertaneja a exemplo do cangaceiro, em particular Lampião, que conheceu na infância quando passou a usar chapéu de couro e alpargatas como uniforme. Noutras ocasiões, roupas coloridas. Partes da infância e vida adulta foram em Iguatu, mas, aos 39 anos, veio residir aqui e ganhou o apelido de “Mestre Bigode”. Começou a brincar no grupo de maneiro pau com mais 11 homens interpretando músicas referentes a fatos e personalidades que marcaram a história nordestina.

Sua arte foi influenciada diretamente pelas histórias tiradas dos folhetos de Cordel que ouvia nas feiras da região do Cariri. Mestre Bigode foi sepultado no Cemitério São João Batista em Juazeiro após um cortejo fúnebre acompanhado por grupos e brincantes da cultura popular. Muitos deles, seus discípulos na arte do bacamarte e do maneiro pau quando, por todo o percurso, foram ouvidos os estampidos dos bacamartes homenageando o artista popular.

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